Governo Bolsonaro

Rosas vermelhas em Copacabana lembram 500 mil mortos pela covid: “Onde erramos?”

"Bolsonaro teria sido freado há muito mais tempo se não fosse a cumplicidade fanática dos que lhe dão apoio político"

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Ato em Copacabana em memória dos mais de 500 mil mortos pela Covid-19 - Reprodução/Rio da Paz

Diante das mais de 500 mil mortes por Covid-19 no Brasil, a ONG Rio de Paz “plantou” rosas vermelhas na areia da Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, em “solidariedade às famílias enlutadas vítimas dessa crise sanitária provocada pelo coronavírus”. Junto às rosas, a ONG cravou uma faixa com a pergunta: “Onde erramos?”

“O presidente da república tem um comportamento criminoso e execrável. Prescreveu medicamentos e tratamento preventivo sem eficácia comprovada. Criou dificuldades para a aquisição de vacina. Participou de manifestações antidemocráticas que violaram todas as normas sanitárias. Desacreditou a campanha de vacinação em massa e desestimulou o uso de máscara. Aprofundou a crise econômica em razão da lentidão da campanha de vacinação em massa. Fez piada com a pandemia, jamais demonstrou compaixão pelas famílias enlutadas e chamou de marica quem observou normas sanitárias a fim de evitar o risco de contaminação”, diz Antônio Carlos Costa, presidente da organização.

Passadas quase 24 horas da divulgação da marca macabra, Jair Bolsonaro (Sem partido) ainda não se manifestou sobre o mais de meio milhão de mortos e usou as redes sociais para atacar os atos que levaram 750 mil brasileiros às ruas contra seu governo.

Antônio Carlos lembra ainda que uma parcela considerável da população apoiou a política genocida do presidente, que resultou em “um número incontável de enlutados, vítimas que sobreviveram carregando sequelas e milhões de famílias convivendo com o temor da morte por falta de vacina”.

“Milhões de brasileiros mantiveram-se calados diante do péssimo exemplo do presidente da república. Bolsonaro teria sido freado há muito mais tempo se não fosse a cumplicidade fanática dos que lhe dão apoio político. Quantos óbitos mais serão necessários para nos unirmos e exigirmos mudanças?”, questiona.