Após manifestações que tomaram conta de mais de 400 cidades em todo o Brasil do último sábado (19), um grupo que reúne partidos de esquerda e ex-apoiadores de Jair Bolsonaro (sem partido) estão elaborando um "superpedido" de impeachment, que reúne mais de 20 denúncias de crimes de responsabilidade cometidos pelo presidente.
Bolsonaro já bateu o recorde de pedidos de impeachment protocolados - 122 ao todo - e o novo pedido é tido como suprapartidário.
Além de contar com os presidentes de PSOL, PT, PCdoB, PDT, PSB, Rede, UP, PV e Cidadania liderando as discussões, desafetos de Bolsonaro como os deputados Alexandre Frota (PSDB-SP) e Joice Hasselmann (PSL-SP) também fazem parte da iniciativa.
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A ideia é que a iniciativa "supraideológica" ajude a fazer com que o pedido exerça uma pressão para que o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), que é aliado de Bolsonaro, faça uma análise das acusações.
Se o pedido seguir, ele será analisado por uma comissão e pelo plenário da Câmara. Com ao menos 342 votos dos 513 deputados, o Senado pode abrir o processo de impeachment. Caso isso aconteça, o presidente é afastado até o fim do julgamento e perde o mandato se ao menos 54 dos 81 senadores votarem pela sua saída.
Edição: Leandro Melito