Pandemia

Brasil registra 2.032 mortos pela covid nas últimas 24 horas

Surto segue crescente no Brasil, enquanto OMS divulga recuo dos indicadores globais da pandemia

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Brasil chega a 509.141 vítimas do vírus desde o início da pandemia, em março de 2020. - Carl de Souza / AFP

O Brasil registrou nesta quinta (24) mais 2.032 mortos por covid-19 em um período de 24 horas. Com o acréscimo, o país chega a 509.141 vítimas do vírus desde o início da pandemia, em março de 2020.

Somente neste ano, já são 320 mil mortes pelo novo coronavírus, número que faz do Brasil a nação do mundo com mais vítimas da infecção nos últimos seis meses.

De uma média próxima a 9 mil mortes diárias em todo o planeta, cerca de duas mil ocorrem em território brasileiro, novamente considerado o epicentro mundial da pandemia.

Em relação ao número de novos casos, foram 73.602 doentes confirmados no período, bastante inferior aos 115 mil de ontem, dia com maior número de novos casos notificados em todo o histórico da pandemia.

O país chega, em números oficiais a 18.243.483 casos, também desde março do ano passado. A média diária de contaminações, calculada em sete dias, segue o mais alto, em 77.265 novos casos registrados a cada um dos últimos sete dias.

As informações são das secretarias estaduais de Saúde e consolidadas pelo Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass).

Na contramão

O surto do coronavírus no Brasil segue tendência oposta à do restante do mundo. Dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde apontam que a semana passada foi marcada pelo recuo da covid-19 na média global.

A queda foi de 6% nos registros de novos infectados em comparação com a semana anterior, e de 12% nos indicadores de mortes. As taxas globais são as menores desde fevereiro.

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Em sentido inverso, no Brasil a covid-19 teve uma escalada de 11% no número de infectados e de 7% nas mortes. Foi o país com a maior escalada da infecção no mundo no período. De acordo com a OMS, os registros do Brasil em sete dias correspondem aos números de toda a Europa somada aos da África.

O cenário sombrio indica a chegada da chamada “terceira onda” da pandemia no país. A tendência, segundo epidemiologistas, é que esta seja potencialmente mais perigosa do que as anteriores, já que parte de patamares de contaminação e mortes bastante elevados.

Vacinas e isolamento

OMS e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) voltam a alertar que o relaxamento de medidas de isolamento social contribuem negativamente para um maior descontrole da pandemia.

Outro ponto de atenção é o aumento detectado da circulação da chamada variante delta do novo coronavírus. A OMS afirma que ela é mais veloz em sua expansão, e já circula em ao menos 92 países.

 “É a variante mais rápida e pode facilmente afetar os mais vulneráveis”, disse o diretor de Emergências Sanitárias da entidade, Mike Ryan.

Porém, a OMS afirma que as vacinas até agora disponíveis são eficazes contra a nova a cepa, que foi identificada pela primeira vez na Índia.

“A boa notícia é que até agora as vacinas funcionam contra a delta”, destacou a chefe da célula técnica anticovid-19 da OMS, Maria Van Kerkhove.

Até o momento, 91.593.968 doses de vacinas foram aplicadas no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, o que corresponde a 11,74% da população já imunizada com duas doses e a 30,74% apenas com a primeira.