A CPI da Covid ouve nesta quinta-feira (24), a partir das 9h, o epidemiologista e pesquisador da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Pedro Hallal, que deve esclarecer dúvidas dos senadores sobre a relevância das medidas não farmacológicas no enfrentamento da pandemia.
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O colegiado também convocou Jurema Werneck, diretora executiva da Anistia Internacional Brasil e representante do Movimento Alerta, que deve discorrer sobre dados coletados sobre mortes ocorridas por covid-19.
Os depoimentos estavam previstos inicialmente para a sexta-feira (25), mas foram antecipados pelo presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM). Com a decisão, a audiência do assessor do Palácio do Planalto Filipe Martins, previsto para a quinta-feira, foi adiado.
Os requerimentos para os depoimentos na CPI sobre o enfrentamento da pandemia são de autoria do relator, Renan Calheiros (MDB-AL).
Na justificação, ele explica que Pedro Hallal conhece a situação brasileira em relação à pandemia e as políticas públicas a serem adotadas nessa situação.
Brasil registrou 115.228 novos casos da covid-19 nesta quarta-feira (23); maior número já observado no país / Juan Barreto / AFP
“Por ser gestor e médico, acadêmico e cientista de grande respeitabilidade nacional e internacional, certamente contribuirá para que os integrantes desta comissão possam avaliar os fatos com a profundidade que merecem”, ressaltou.
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Já em relação a Jurema Werneck, Renan classifica sua participação como “necessária” para subsidiar os membros da comissão com informações e esclarecimentos vinculados ao seu objeto.
Ele explicou no requerimento que o Movimento Alerta é formado por entidades da sociedade civil, como Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Oxfam Brasil, Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC), Anistia Internacional Brasil e Arquidiocese de São Paulo, que trabalharam na consolidação de dados e informações acerca das mortes ocorridas durante a pandemia.
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“Nesse sentido há, inclusive, estudo feito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade de São Paulo (USP), que faz levantamento e cálculo do excesso de mortalidade em cada estado da federação e analisa as internações e óbitos por covid-19, com foco nas falhas e problemas de qualidade de atendimento no sistema de saúde”, informou Renan no requerimento.
Brasil registra recorde de mais de 115 mil novos casos
O Brasil registrou 115.228 novos casos da covid-19 nesta quarta-feira (23), segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
É o maior número já observado no país, desde o início da circulação do novo coronavírus em território nacional. O recorde anterior, registrado em março, era de 100.736 contaminações em um dia.
Com o resultado mais recente, a média móvel de infectados em 24 horas também atingiu patamar recorde. O cálculo, que leva em consideração os dados dos últimos sete dias, chegou a 77.328. Até hoje, o patamar mais alto era de 77.050.
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Artigo original publicado em Rede Brasil Atual.