O ex-ministro e atual deputado federal, Ricardo Barros (PP-PR), entra, definitivamente, na mira da CPI do Genocídio. O deputado Luís Miranda (DEM-DF) afirmou que, quando levou a Jair Bolsonaro (sem partido), em março, os indícios de corrupção da compra da Covaxin, o presidente afirmou que seria “coisa” do líder do governo na Câmara: Ricardo Barros.
Alguns senadores, como Rogério Carvalho (PT-SE) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE), já tinham sugerido o nome de Barros como sendo o pivô do escândalo. Porém, Miranda insistia durante todo o depoimento que não se lembrava quem era o deputado. Após muita insistência, ele admitiu.
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O servidor Luis Ricardo Miranda já havia afirmado que uma colega, Regina Célia Silva Oliveira, fiscal do contrato sob investigação, deu aval para a continuidade do processo de importação da Covaxin, mesmo com as irregularidades. Regina Célia está no Ministério da Saúde por indicação de Ricardo Barros.
Estamos chegando perto da verdade. A CPI avança a olhos vistos e vai cumprir o papel que o Brasil espera. E quem fez algo errado que seja responsabilizado!https://t.co/EwBEJNLHdN
— Omar Aziz (@OmarAzizSenador) June 26, 2021
O presidente da CPI do Genocídio, senador Omar Aziz (PSD-AM), declarou que Jair Bolsonaro “prevaricou” no escândalo de compra da vacina indiana Covaxin.
A afirmação foi motivada por uma intervenção do senador governista, Jorginho Mello (PL-SC), dizendo que o presidente, alertado sobre as suspeitas de corrupção no caso, teria pedido ao ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para investigar.
“Respeito o senador Jorginho Mello, mas essa informação que foi transmitida a ele é mentirosa. O presidente Bolsonaro não pediu que o Pazuello investigasse nada, mesmo porque ele seria exonerado em seguida. O presidente prevaricou. Ele só resolveu pedir apuração do caso esses dias”, disse Aziz.