O senador Randolfe Rodrigues, vice-presidente da CPI da Covid, apresentou requerimento para prorrogação da CPI por mais 90 dias para aprofundar investigações.
A CPI teve a sua primeira reunião no dia 27 de abril. O prazo inicial de sua duração era de 90 dias, mas o regimento do Senado permite ampliar o funcionamento da comissão por até 1 ano.
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O documento já foi protocolado e deverá ser votado nesta terça-feira (29). Para aprovar a prorrogação serão necessárias as assinaturas de 27 senadores, o que corresponde a um terço do Senado.
Por isso, tendo em vista a necessidade, o elevado número de documentos e provas recebidas, apresentamos o requerimento pedindo a prorrogação da CPI por mais 90 dias. A prorrogação torna-se automática a partir de 27 assinaturas. pic.twitter.com/4mZKHRSa3d
— Randolfe Rodrigues 💉👓 (@randolfeap) June 28, 2021
Na justificativa para a prorrogação, o requerimento informa que “a CPI tem desvendado esquemas de corrupção e de favorecimento de determinadas empresas com recursos destinados ao combate à pandemia da covid-19. Servidores sofreram pressões não republicanas para flexibilizar a importação da Covaxin. Depoentes apontaram que até o Presidente da República foi alertado das irregularidades e, ao invés de apurá-las, as creditou ao próprio líder do Governo da Câmara dos Deputados, Ricardo Barros. É um escândalo que precisa ser apurado com a gravidade correspondente”.
Líder do governo
O líder do governo Bolsonaro na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), entrou na última sexta-feira (25), na mira da CPI da Covid, e as revelações que se fizeram sobre ele comprometem também, diretamente, o próprio presidente Jair Bolsonaro.
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O deputado Luís Miranda (DEM-DF) afirmou ao colegiado que, quando levou a Jair Bolsonaro, em março, os indícios de corrupção da compra da vacina indiana Covaxin, o presidente afirmou que seria “coisa” do líder do governo na Câmara: Ricardo Barros.
Bolsonaro, no entanto, nada fez com relação às denúncias de irregularidades.