Os senadores iniciam os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, nesta terça-feira (29), ouvindo o deputado estadual do Amazonas, Fausto Vieira dos Santos Junior (PRTB).
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Junior foi relator da CPI da Saúde realizada pela Assembleia Legislativa do estado em 2020, que teve seus trabalhos encerrados após 120 dias de abertura, em setembro do ano passado. O relatório, produzido por Junior, apontou para desvios de recursos públicos durante a pandemia de covid-19.
Uma das denúncias é a de que o governo estadual adquiriu 28 respiradores por R$ 3 milhões de uma empresa que teria ligação com o marido da ex-secretária de Estado de Comunicação, Daniela Assayag.
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Por sua posição de relator na CPI estadual, seu depoimento recairá sobre a crise de oxigênio em Manaus, que levou pelo menos 30 pessoas a óbito somente entre os dias 14 e 15 de janeiro, o pico da escassez de oxigênio na região, segundo o Ministério Público de Contas do Estado do Amazonas.
O requerimento que solicitou a convocação do deputado estadual foi apresentado pelo senador Marcos Rogério (DEM-RO), da ala governista da comissão e integrante da Tropa de Choque, contumaz defensora do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
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Para Rogério, a comissão estadual revelou indícios de fraudes e desvio de recursos públicos. “As irregularidades na aquisição emergencial dos ventiladores pulmonares deflagraram a Operação Sangria [da Polícia Federal], que teve início em junho de 2020 e atualmente está na quarta fase das investigações, onde se apuram irregularidades na construção do Hospital de Campanha Nilton Lins, em Manaus”, afirmou o senador na justificativa do requerimento.
Um dos objetivos da Tropa de Choque é retirar o capitão reformado dos holofotes da má gestão da pandemia do novo coronavírus, atribuindo a responsabilidade pelo número exorbitante de mortes e casos confirmados aos governadores e prefeitos.
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Nesse sentido, durante o depoimento de Junior, os senadores titulares Marcos Rogério, Jorginho Mello (PL-SC), Eduardo Girão (Podemos-CE) e Luis Carlos Heinze (PP-RS) e os suplentes Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) e Ciro Nogueira (PP-PI) devem interrogar o deputado estadual a fim de tirar o máximo de constatações ligadas diretamente ao governador do estado do Amazonas (PSC) e seus aliados.
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Edição: Vivian Virissimo