O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) já doou um milhão de marmitas e cinco mil toneladas de alimentos durante a pandemia do coronavírus. Desde 2020, o movimento vem conseguindo ajudar periferias urbanas e rurais pelo país a partir de campanhas de solidariedade.
Também foram formados mais de dois mil agentes populares de saúde, que distribuíram cerca de 30 mil máscaras de proteção para população mais vulnerável por meio da campanha nacional Periferia Viva Contra o Coronavírus.
De acordo com levantamento feito pela Lowy Institute, o Brasil já era, no ano passado, o pior governo na gestão da pandemia. Sendo assim, movimentos, instituições e entidades populares passaram a se organizar para reivindicar o direito à vida.
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Segundo Victoria Silva, militante do MST, da Brigada Dom Hélder - integrante da campanha Mãos Solidárias/Periferia Viva Contra o Coronavírus - de Recife (PE), a iniciativa é de extrema importância nesse momento difícil pelo qual o país está passando.
“A gente tem um governo que pouco ou nada ajuda, um auxílio emergencial que não dá para comprar um gás e uma cesta básica. Então, é algo muito nítido o quanto a população de rua aumentou e o quanto as pessoas precisam do mínimo”, explica.
Silva diz também que a necessidade da população chega a acontecer até para entender o que eles devem fazer para tomar a vacina, por exemplo. “Eu cheguei para entregar uma marmita e, quando vi o impacto que tudo isso tem na vida dessas pessoas, eu vi que, não só eu, mas todo mundo que tá ali é muito necessário para isso. A gente precisa dessa mobilização para ajudar o quanto se pode”, afirma.
Edição: Rebeca Cavalcante