PRESIDENTE DO SENADO

Pacheco diz que aqueles que atentarem contra a democracia serão "inimigos da nação"

Declaração aconteceu após Bolsonaro ameaçar, mais uma vez, as eleições e as instituições democráticas brasileiras

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Presidente do Senado diz que o compromisso com a República é inegociável - Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco convocou uma coletiva de imprensa, nesta sexta-feira (9), e disse que todo aquele que pretender um retrocesso contra as instituições democráticas será apontado como um “inimigo da nação” e alguém “privado de patriotismo”.

A fala de Pacheco aconteceu após o presidente Jair Bolsonaro ter colocado em dúvida o sistema eleitoral e ter ameaçado, mais uma vez, a realização de eleições em 2022. “Temos compromissos que são inegociáveis: o compromisso com a República brasileira, seus fundamentos e soberania”, disse o presidente do Senado.

Durante sua fala, Pacheco também disse que é preciso lembrar da separação entre os três poderes, ressaltando que a separação não significa desunião, mas respeito. “Quero afirmar a independência do parlamento brasileiro. O Congresso Nacional não admitirá qualquer atentado a esta sua independência”, disse.

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Ele também afirmou que a geração anterior a dele lutou muito para conseguir a democracia e que a geração dele tem a obrigação de manter. “Precisamos de consenso, união. Mas também firmeza para defender princípios constitucionais. Defendemos a Constituição de 1988, que será preservada a qualquer custo”, lembrou.

“Portanto, o que houver de especulações, como a frustração das eleições, é algo que o Congresso, além de não concordar, repudia. É o povo que manda no Brasil. Portanto, as eleições são uma realidade da democracia brasileira”, afirmou.

Além disso, Pacheco disse que, se houver alguma mudança em relação ao modo como será feita a eleição, isso será decidido pela Câmara e pelo Senado. “A decisão que houver por parte do Congresso Nacional haverá de ser respeitada por todos os poderes e todas as instituições do Brasil”, disse.

Edição: Leandro Melito