Os senadores da CPI da Covid não deixarão de investigar as omissões e crimes do governo federal, durante a pandemia de covid-19, apesar dos ataques do presidente Jair Bolsonaro e também de membros das Forças Armadas. Segundo o senador Paulo Rocha (PT-PA), continuar as investigações é assegurar o Estado democrático.
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Na última quarta-feira (7), o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), decretou a prisão do ex-diretor de logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, por apontar mentiras do depoente. Na avaliação de Rocha, a atitude mostra ao presidente da República que a comissão parlamentar tem autoridade.
“Após a tentativa do próprio Bolsonaro para desmoralizar a CPI da Covid, a investigação recupera sua autoridade para continuar os trabalhos. Por outro lado, isso também está chegando nos militares, que tiveram uma reação descabida. Portanto, a investigação deverá seguir com sua autoridade e não vai adiantar ameaças, seja do presidente da República ou das Forças Armadas, porque o Parlamento precisa continuar para assegurar a democracia”, afirmou aos jornalistas Cosmo Silva e Maria Tereza Cruz, da TVT, no último domingo (11).
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Em live nas redes sociais, na última quinta-feira (8), sobre carta entregue pela cúpula da CPI ao Palácio do Planalto, o presidente usou termos chulos para responder os questionamentos. O senador petista acrescenta que o tom do presidente é de alguém preocupado com as investigações.
“Estou no parlamento brasileiro desde 1991, participei das mais diversas CPIs. O Bolsonaro, que ficou 20 anos no Congresso, sabe que quando a investigação é esticada na CPI, ainda mais com senadores experientes, mais as contradições ficam explícitas. Várias pessoas tentam negar seu papel, mas as contradições são encontradas”, acrescentou Rocha.
Assista à entrevista: