Pela primeira vez, desde o início de dezembro de 2020, nenhum estado apresenta taxa de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) superior a 90%. Os dados, divulgados nesta quarta-feira (14), são do Boletim Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A tendência de queda nos indicadores de incidência e mortalidade por covid-19 foi mantida na análise da última Semana Epidemiológica (SE 27), de 4 a 10 de julho, pela terceira vez consecutiva.
Segundo o levantamento, o número de casos e de óbitos vem caindo há três semanas em cerca de 2% ao dia, mas ainda permanece em alto patamar. A taxa de letalidade foi mantida em torno de 3%, percentual considerado elevado.
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O estudo sinaliza que a tendência de redução das taxas de ocupação de leitos é um reflexo da nova fase da epidemia no país. Com a vacinação, o número de óbitos e internações diminui entre os grupos de risco ou grupos prioritários.
É o caso de idosos e portadores de doenças crônicas, por exemplo. Ao mesmo tempo, a transmissão permanece intensa entres aqueles que ainda não foram imunizados.
Segundo os especialistas, “o arrefecimento mais duradouro da pandemia” somente será alcançado com a intensificação da campanha de vacinação, a adequação das práticas de vigilância em saúde, reforço da atenção primária à saúde, além do amplo emprego de medidas de proteção individual, como o uso de máscaras e o distanciamento físico.
Ao todo, quatro capitais estão com taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 iguais ou superiores a 80%: São Luís (81%), Rio de Janeiro (81%), Goiânia (92%) e Brasília (80%).
Fonte: BdF Rio de Janeiro
Edição: Jaqueline Deister