MONITORAMENTO

RJ: lei que obriga o uso de microcâmeras em uniformes de policiais é sancionada

Um dos vetos do governador permite que o comandante da operação não tenha que ativar a câmera, caso justifique o motivo

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Além das polícias, a norma contempla também agentes do Programa Segurança Presente e agentes do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio (CBMERJ) - MAURO PIMENTEL / AFP

A lei que obriga a instalação de microcâmeras nos uniformes dos policiais militares e dos policiais civis da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) do estado do Rio de Janeiro foi sancionada, nesta quinta-feira (15), pelo governador Claudio Castro (PL).

O texto foi aprovado em maio pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e seguiu para a sanção de Castro que o aprovou com dois vetos. Em um deles, segundo o jornal O Dia, o governador disse que nem todo mundo pode ter acesso às informações das câmeras porque pode “vazar” a operação policial.

Em tese, isso significa que o delegado ou comandante responsável pela operação não precisa ativar a câmera dos agentes desde que assine um termo explicando o motivo.

Em São Paulo, mais de três mil polícias militares estão usando câmeras durante o trabalho. Os jornais Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo apresentaram esta semana os dados do primeiro mês do projeto: de maio para junho, houve uma queda nas mortes por intervenção policial de 54%. Além disso, nos 18 batalhões que estão usando câmeras não foi registrada nenhuma morte.

Prazo para implementação

No Rio, as forças de segurança têm um prazo máximo de dois anos, a partir da publicação da medida, para que ao menos, 50% do efetivo e todas as viaturas contem com as câmeras. A norma contempla também agentes do Programa Segurança Presente e agentes do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio (CBMERJ).

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As gravações podem ser utilizadas para atender demanda judicial ou administrativa da Defensoria Pública, do Ministério Público e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Já o Instituto de Segurança Pública (ISP) deverá produzir dados e relatórios com base nas gravações.

 

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Jaqueline Deister