O recém reeleito presidente da Síria, Bashar al Assad, tomou posse no último dia 17 de julho. Um dos primeiros atos foi realizar uma reunião com o chanceler chinês Wang Yi, que foi ao país árabe com a missão de ratificar a firme posição de Pequim contra a ingerência e a mudança de regime e a favor da luta contra o terrorismo e dos esforços para reconstruir a Síria.
O chanceler da China ainda ratificou sua posição a favor da resolução do longo conflito no país árabe por vias pacíficas e sem ingerências. Pequim também defendeu uma maior cooperação entre os dois países.
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Esta é a primeira visita do chanceler da China à Síria desde o início da guerra, em 2011. Durante os encontros com o presidente al Assad e o chanceler Faisal Mekdad, o ministro das Relações Exteriores chinês apresentou uma proposta em quatro pontos.
Eles destacam a importância de: garantir o respeito à soberania nacional e à integridade territorial da Síria; priorizar o melhoramento de condições e meios de vida do povo sírio e acelerar o processo de reconstrução; manter um firme compromisso na luta eficaz contra o terrorismo; e impulsionar um processo de reconciliação política inclusiva para pôr um fim aos longos anos de conflito no país.
Durante sua estadia em Damasco, Wang Yi também expressou disposição de seu país para ajudar a reconstruir o país devastado pela guerra. Para isso, ambas as partes assinaram dois acordos de assistência econômica e médica e concordaram em intensificar a cooperação no âmbito da iniciativa belt and road (o cinturão econômico da rota da seda) com o objetivo de dar apoio à crescente necessidade de infraestrutura da Síria.
Desde 2011, a China tem sido um dos principais aliados políticos da Síria e, na Organização das nações Unidas (ONU), vetou mais de uma dezena de resoluções para tentar evitar sanções unilaterais e qualquer tipo de intervenção militar ocidental.
Zhang Jun, representante permanente da China na ONU, declarou que "as chamadas isenções humanitárias não passam de um placebo para a consciência e uma fachada para a hipocrisia”. E completou: "as sanções unilaterais do Ocidente contra a Síria devem ser eliminadas ou a situação humanitária nunca vai melhorar”.
Analistas destacaram a importância do momento em que ocorre essa visita do chanceler chinês à Síria, em meio a uma difícil situação econômica e às tentativas de reforçar o isolamento contra o país árabe, enviando uma mensagem de apoio aos sírios, principalmente na esfera econômica.
Isso também demonstra que o Oriente Médio se tornou um destino cada vez mais importante para a diplomacia chinesa, em busca da estabilidade de uma região vital para a implementação dos projetos estratégicos de interconexão leste-oeste relacionados à nova rota da seda.
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Edição: teleSUR