O judô me mostra que não tem como eu melhorar se meu colega não vai bem. É cresce juntos!
Na próxima sexta-feira, dia 23 de julho, começa o maior evento esportivo do mundo: as Olimpíadas! Elas serão realizadas na cidade de Tóquio, capital do Japão, reunindo algumas das pessoas mais rápidas, mais fortes e mais ágeis do planeta.
Serão 11 mil atletas, de 206 países, competindo em 33 modalidades, entre elas Futebol, Vôlei, Ginástica, Natação, Atletismo e até Surf e Skate, estes dois últimos disputados pela primeira vez nos Jogos Olímpicos.
“A sensação de participar das Olimpíadas é uma explosão de sentimentos. Todo atleta tem o sonho de chegar a competição máxima do esporte, que são as Jogos Olímpicos. A nossa vida toda a gente treina e trabalha muito duro para alcançar esse objetivo. Quando chega o momento é um orgulho muito grande, de representar milhões de pessoas e a bandeira brasileira”, diz a ex-ginasta Daiane dos Santos, campeã mundial de Ginástica Artística.
Nem todo mundo que prática esportes tem a desejo de virar um atleta profissional, mas essa prática pode ensinar lições que acompanham as crianças ao longo da vida.
“Com a Ginástica Artística aprendi a importância do esporte na nossa vida, a ter disciplina, respeitar horários, cuidar do próximo, fazer amigos, ser forte. Eu amo a Ginástica Artística!”, diz Flávia, que mora em São Paulo, tem 8 anos.
Pandemia e Jogos Olímpicos
Mesmo antes de começar, os Jogos Olímpicos de Tóquio já entraram para a História, pois serão realizados em meio a pandemia do novo coronavírus, cercada por protestos e críticas de especialistas em saúde. Diversas modalidades não terão torcidas e as delegações vãos seguir protocolos de segurança.
Esta edição dos Jogos ocorreria, originalmente, em 2020, mas foi adiada em um ano por conta da pandemia. Isso só tinha acontecido uma vez, em 1916, por conta da Primeira Guerra Mundial.
“O judô representa tudo para mim. Eu gosto muito de treinar. O judô me fez amar o próximo e respeitar as diferenças”, afirmou Arcanjo da Cunha de 10 anos, que mora em Massepê (CE).
Esporte para o desenvolvimento social
Além das competições de alto nível, a prática esportiva também é um motor de transformação social e um hábito importante para a saúde. O esporte dá oportunidades para crianças e adolescentes aprenderem coisas novas e terem mais referências no seu dia a dia.
“Participar de uma Olimpíada é fantástico! É representar seu país depois de quatro anos de dedicação, empenho, sonhos e foco”, disse o medalhista olímpico do Atletismo, Lenilson Vicente. “O esporte é uma das principais ferramentas de inclusão social. Falo por mim: o esporte fez com que tudo desse certo, assim como para vários atletas de nível internacional”.
Com essa perspectiva, Lenilson Vicente e Daiane dos Santos fundaram institutos para levar o esporte às crianças de comunidades em vulnerabilidade social. O Instituto Lenilson Vicente fica no Mato Grosso e ensina Atletismo para crianças e adolescentes. Já a Daiane dos Santos fundou o Projeto Brasileirinhos, que promove aulas de ginástica artística para crianças de Paraisópolis, em São Paulo.
“O esporte é uma estratégia para a gente minimizar desigualdades. Ele dá a oportunidade da pessoa se descobrir, não apenas como atleta, mas se descobrir para o mundo. Temos uma dívida social com grande população do país para ser paga e queremos fazer com que mais pessoas tenham a oportunidade de realizar atividades benéficas para suas vidas, sendo valorizadas”, diz a ginasta Daiane dos Santos.
Essas iniciativas têm ajudado a preparar jovens para os desafios do futuro e a revelar grandes nomes do esporte, como o velejador Samuel Gonçalves, que começou a velejar em um projeto social de Niterói (RJ) e hoje é campeão mundial da classe Star e único negro na elite da vela mundial.
“Eu me lembro da primeira vez que saí do Rio de Janeiro para participar de uma competição em São Paulo. Foi maravilhoso conhecer outra cultura, outras pessoas outras embarcações. É uma riqueza que não dá para mensurar”, disse. “O esporte tem muitas características de formação do caráter, como tomada de decisão, preparação para intempéries, antecipação de manobras, respeito ao meio ambiente, respeito ao adversário e reconhecimento da importância da comunidade local.”
Porém, é importante ter em mente que para revelar talentos e incluir crianças no esporte é fundamental que governos ponham em prática políticas de incentivo às atividades físicas, garantindo por exemplo, que atletas tenham estrutura para treinar e que as crianças possam praticar esportes perto de casa.
História
Pelas ondas do rádio, as crianças embarcam em uma divertida aula de História através das Olimpíadas, que começa na Grécia Antiga, onde os Jogos foram criados. A partir daí, os ouvintes relembram momentos marcantes da delegação brasileira em Jogos Olímpicos, por meio de narrações históricas.
E falando em história, o que será que aconteceria se os animais de uma floresta tropical resolvessem participar também das Olimpíadas? A gente descobre com “A História das Olimpíadas”, na voz de Amanda Jorri e Rafael Laureano, do grupo Contadores do Sótão.
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Música e brincadeira
Na Vitrolinha BdF a criançada pode colocar o corpo para se mexer ao som de Jorge Ben Jor, com “Fio Maravilha”, Asa de Águia, com “Esporte é Viver” e Gilberto Gil, com “Andar com Fé”.
E aproveitando o aquecimento, a educadora física Camila Durães ensina uma brincadeira muito divertida para treinar a coordenação motora, a agilidade e a percepção do espaço. Para brincar, a criança só vai precisar de duas cadeiras, um barbante e uma ou mais bexigas. A turma do Radinho BdF testou e aprovou: é diversão garantida!
“O que mais gosto no judô são os princípios, que me motivam a ser cada vez melhor. Entre todas as lições a que eu mais admiro é a do coletivo: não tem como eu melhorar se meu colega não vai bem. É a ideia de crescer juntos”, diz Leandra Ingredi, de 19 anos, que mora em Fortaleza (CE).
Sintonize
O programa Radinho BdF vai ao ar às quartas-feiras, das 9h às 9h30, na Rádio Brasil Atual. A sintonia é 98,9 FM na Grande São Paulo e 93,3 FM na Baixada Santista. A edição também é transmitida na Rádio Brasil de Fato, às 9h, que pode ser ouvida no site do BdF.
Em diferentes dias e horários, o programa também é transmitido na Rádio Camponesa, em Itapeva (SP), e na Rádio Terra HD 95,3 FM.
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Edição: Sarah Fernandes