PANDEMIA SEM TRÉGUA

Brasil tem 1.108 mortes por covid registradas em 24 horas e acumula 549,4 mil óbitos oficiais

Total de infectados chega a 19,67 milhões após autoridades estaduais confirmarem 38 mil novos casos

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Manifestantes em Porto Alegre neste sábado (24); protestos contra governo Bolsonaro e por vacina reuniram cerca de 600 mil pessoas no país e no mundo - Foto: Jorge Leão

O Brasil registrou oficialmente neste sábado (24) 1.108 mortes ligadas à covid-19, segundo dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass).

Também foram confirmados 38.091 novos casos da doença. Com isso, o total de infecções reportadas no país chega a 19.670.534, e os óbitos oficialmente identificados se aproximam de 550 mil, somando agora um total de 549.448.

Diversas autoridades e instituições de saúde alertam, contudo, que os números reais devem ser ainda maiores, em razão da falta de testagem em larga escala e da subnotificação. As cifras também costumam ser mais baixas no fim de semana, quando as equipes responsáveis pela notificação trabalham em escala reduzida.

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A média móvel de novas mortes (soma dos óbitos nos últimos sete dias e a divisão do resultado por sete) ficou em 1.169, e a média móvel de novos casos, em 46.869.

Já a taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes subiu para 261,5 no Brasil, a 8ª mais alta do mundo, atrás apenas de alguns pequenos países europeus e do Peru.

Em números absolutos, o Brasil é o segundo país do mundo com mais mortes, depois dos Estados Unidos, que somam mais de 610 mil óbitos, mas têm população bem maior. É ainda o terceiro país com mais casos confirmados, depois de EUA (34,4 milhões) e Índia (31,3 milhões).

O Conass não divulga o número de recuperados. Segundo o Ministério da Saúde, 18.331.462 pacientes no Brasil haviam se recuperado da doença até sexta-feira.

No entanto, o governo não especifica quantos desses recuperados ficaram com sequelas ou outros efeitos de longo prazo. A forma como o governo propagandeia o número de "recuperados" já foi criticada por cientistas, que classificam o número como enganador ao sugerir que os infectados estão completamente curados da doença após a fase aguda ou alta hospitalar.

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Estudos no exterior estimaram que entre 10% e 38% dos infectados sofrem efeitos da "covid longa" meses após o vírus ter deixado o organismo. Um estudo alemão apontou que sequelas podem surgir até meses depois da fase aguda da doença. Já uma pesquisa da University College London em 56 países listou mais de 200 sintomas observados em pacientes com sequelas pós-covid.

Ao todo, mais de 193,1 milhões de pessoas contraíram oficialmente o coronavírus no mundo, e foram notificados 4,1 milhões de mortes associadas à doença, segundo contagem da Universidade Johns Hopkins, dos EUA.