O maxixe protege as células contra envelhecimento precoce, doenças degenerativas e é fonte de ferro
Tacaimbó fica a aproximadamente 170 km do Recife (PE). Logo na entrada da cidade já é possível decifrar quem é o carro-chefe na economia local.
O maxixe, produto de origem africana e muito comum no cardápio nordestino, colocou o município pernambucano na lista dos maiores produtores do estado.
Erinaldo Gustavo é agricultor e produz maxixe em Tacaimbó. Ele herdou a tarefa do pai e, hoje, coordena, ao lado de outras famílias, uma atividade que colhe, por dia, quase três mil quilos de maxixe
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“É muito maxixe para você chegar numa mesa e ver quase ninguém comendo maxixe, né?. Mas tem saída. Agora, para a gente ter essa quantidade de maxixe não é só nossa família que planta. aqui em Tacaimbó a gente tem cerca de 150 famílias que trabalham nesta cultura nessa época de chuva”, explica o agricultor.
Existem dois tipos de maxixe: o caipira, mais comum na região norte, onde aparece com mais espinhos, e o japonês, que não tem espinhos.
O maxixe é rico em proteína, cálcio e vitamina c, servindo como um importante item no plano alimentar de atletas de alta intensidade.
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“Ele protege as células contra o envelhecimento precoce, das doenças degenerativas. ele é fonte de ferro. então, pode ser adicionado na alimentação de quem tanto quer prevenir como tratar a anemia ferropriva”, explica a nutricionista Jucyane Medeiros
Há diversas formas de experimentar o maxixe. Ele pode ser servido cozido, no que se chama de maxixada, acompanhado por quiabo e outras verduras. Pode vir como acompanhamento de um vinagrete tradicional, com cebolas e tomates.
A recomendação de especialistas, no entanto, é ingeri-lo cru, numa espécie de salada.
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“O legume maxixe se torna um grande aliado para a manutenção do sistema imune do nosso organismo. e a gente tem que lembrar que quando ele tá cozido, ele pode perder parte destes nutrientes. por isso a gente a orienta que tentem prepará-lo também cru porque a gente consegue preservar um pouco desses alimentos”
Edição: Douglas Matos