O incêndio da última quinta-feira (29) no galpão da Cinemateca Brasileira atingiu diversos materiais históricos, como equipamentos de cinema e rolos de filmes. Ainda não é possível dimensionar a perda, já que o local permanece fechado. O futuro da instituição também é incerto.
O governo federal publicou um edital de chamamento para a escolha de uma nova organização para gerir a cinemateca, mas o resultado deve sair somente em outubro. Documentos sobre a política cinematográfica, rolos de cópias de filmes, equipamentos de cinema e fotografia.
Essa é uma parte da história que pode ter sido perdida com o incêndio no galpão da cinemateca brasileira, que aconteceu na noite da última quinta.
No entanto, a presidenta da Associação Brasileira de Preservação Audiovisual, Débora Butruce, diz que "ainda não é possível especificar quais materiais foram perdidos". Este foi o quinto incêndio que a cinemateca sofreu desde a sua fundação, nos anos 1940, sendo o último em 2016, com a destruição de cerca de 500 obras no galpão localizado na vila clementino
A Cinemateca Brasileira ficou sob gestão da Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto até dezembro de 2019, após o fim do contrato com o governo federal. Foram oito meses até a Secretaria Especial de Cultura pegar as chaves e demitir todo o corpo técnico. Desde então, nenhuma outra organização foi contratada para fazer a gestão.
Somente depois incêndio, o governo federal publicou um edital de chamamento público para a escolha de uma nova entidade privada sem fins lucrativos para gerir o órgão por cinco anos. Ainda assim, há problemas neste edital que colocam em risco o futuro da instituição, conforme alerta a pesquisadora audiovisual, historiadora e integrante da Frente Ampla de Defesa da Cinemateca Brasileira, Eloá Chouzal.
A Frente Ampla realizará um ato no próximo sábado (7), em defesa da instituição, a partir das 14h em frente à sede da Cinemateca Brasileira, localizada na Vila Clementino, em São Paulo.
*Com informações de Júlia Pereira.
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Edição: Mauro Ramos