Nesta quarta-feira (4), os senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid escutam o coronel Marcelo Blanco. Ele era assessor de Roberto Dias dentro do Departamento de Logística do Ministério da Saúde e pode ser o elo que liga a acusação de propina de Luiz Paulo Dominguetti, representante da Davati Medical Supply, diretamente ao coronel Elcio Franco, ex-secretário-executivo da pasta, também conhecido por ser o braço direito do ex-ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello.
Blanco foi nomeado para o cargo diretamente por Franco, sem antes consultar o próprio diretor do departamento, Roberto Dias.
Segundo Dias, teria sido justamente Blanco quem levou Dominguetti, ao restaurante Vasto, no Brasília Shopping, no dia 25 de fevereiro, quando teria ocorrido o pedido de propina de Dias a Dominguetti de US$ 1 por dose de vacina, na negociação de 400 milhões de doses do imunizante da AstraZeneca.
Ainda de acordo com o depoimento de Dias, a notícia da oferta de 400 milhões de doses da AstraZeneca já tinha chegado aos seus ouvidos anteriormente, diretamente pelo coronel Marcelo Blanco, por meio de outro representante da Davati Medical Supply no Brasil, Cristiano Alberto Carvalho.
Aos senadores, Blanco deve explicar se houve ou não o pedido de propina e como se deram as negociações. Os parlamentares também esperam que Blanco explique a sua ligação com o coronel Elcio Franco.
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Após as acusações, no dia 30 de junho deste ano, o Ministério da Saúde exonerou Marcelo Blanco, assim como fez com Roberto Dias.
Assista ao depoimento ao vivo pelo Youtube do Brasil de Fato:
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Edição: Vivian Virissimo