LEI MARIA DA PENHA

No Rio, monumentos são iluminados de roxo em campanha contra o feminicídio

Em 2020, o número de mortes de mulheres aumentou até 400% no país, segundo dados da Agência Senado

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Cristo Redentor
Monumentos iluminados fazem parte da campanha Juntas Contra o Feminicídio, realizada pelas cidades do Rio, Niterói e Maricá - Fabio Motta/Prefeitura do Rio

Diversos pontos da cidade do Rio de Janeiro ficaram iluminados com a cor roxa no último fim de semana para lembrar os 15 anos da Lei Maria da Penha. Locais como o Cristo Redentor, a Igreja da Penha, o Maracanã, os Arcos da Lapa, a Câmara dos Vereadores, o prédio da Prefeitura do Rio, entre outros, aderiram à iluminação.

A ação faz parte da campanha "Juntas Contra o Feminicídio", realizada pelas cidades do Rio, Niterói e Maricá. Em ruas e transportes públicos estão sendo divulgados os canais de atendimento às mulheres em situação de violência doméstica.

Leia mais: Lei Maria da Penha completa 15 anos, e ainda carece de esforços para ser cumprida efetivamente

A Lei Maria da Penha é referência internacional no combate às violências contra as mulheres, mas o Brasil ainda ocupa o 5° lugar no ranking mundial destas violências. Em 2020, o número de feminicídios aumentou até 400% no país, segundo dados da Agência Senado.


Estádio do maracanã também participa da campanha contra feminicídio / Prefeitura/Divulgação

As mulheres que estejam passando por uma situação de violência, ainda que sutil, podem contar com uma série de serviços de apoio psicossocial e jurídico, mesmo aquelas que ainda não se sintam preparadas para denunciar.

No Rio, as mulheres podem procurar o Centro Especializado de Atendimento à Mulher – Chiquinha Gonzaga, na Rua Benedito Hipólito, 125 – ou pelo telefone e whatsapp: 21 2517-2726 / 21 98555-2151.

A cidade conta também com a Ronda Maria da Penha, da Guarda Municipal do Rio, que apoia o cumprimento de medidas protetivas e a Casa Viva Mulher Cora Coralina, um abrigo sigiloso para as mulheres em situação de violência extrema.

"Queremos lembrar que nenhuma mulher está sozinha e, cada vez mais, fortalecer e ampliar nossos serviços para que as mulheres tenham as ferramentas necessárias, sejam elas emocionais, sociais ou econômicas para romper com o ciclo da violência", afirma a secretária de Políticas e Promoção da Mulher, Joyce Trindade.

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Eduardo Miranda