O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) recebeu nesta terça-feira (24) em Brasília com honras de chefe de Estado o seu homólogo da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló. A agenda também contou com a presença de ministros e execução do hino nacional.
Assim como o Brasil, a Guiné-Bissau é uma ex-colônia de Portugal e parte da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). O país africano, de 1,9 milhão de habitantes, tem um dos mais baixos índices de desenvolvimento humano (0,420) do mundo e uma história recente marcada pela instabilidade política e golpes de Estado.
Em 2010, cerca de 70% dos guineenses estavam abaixo da linha de pobreza vivendo com US$ 2 por dia, de acordo com dados do Banco Mundial.
Embaló já afirmou que os jornalistas do país são "amadores" e ameaçou fechar rádios locais. O ativista de direitos humanos e advogado Luís Vaz Martins também já acusou o presidente da Guiné-Bissau de estar envolvido em uma tentativa de assassinato de que foi vítima.
As informações são da DW. Embaló, por sua vez, afirmou não ter participação no atentado sofrido por Martins e anunciou que iria processar o ativista.
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"A Guiné-Bissau é importante parceiro na cooperação Sul-Sul brasileira. Atualmente, encontram-se em execução projetos nas áreas de agricultura; saúde; capacitação de diplomatas, militares e forças de segurança; alimentação escolar; ensino superior; e gestão de recursos hídricos. Desde o ano 2000, cerca de 1.500 jovens universitários bissau-guineenses foram selecionados pelo Programa Estudante Convênio do Ministério da Educação do Brasil", afirmou o Ministério das Relações Exteriores do Brasil em comunicado.
Edição: Leandro Melito