A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid escuta o ex-funcionário da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), José Ricardo Santana. Segundo Roberto Ferreira Dias, ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Santana participou do jantar no restaurante Vasto, no Brasília Shopping, no dia 25 de fevereiro, quando teria ocorrido o pedido de propina de US$ 1 por dose de vacina da AstraZeneca.
Segundo o depoimento do cabo da Polícia Militar de Minas Gerais Luiz Paulo Dominghetti Pereira, representante da empresa estadunidense Davati Medical Supply, Roberto Ferreira Dias cobrou uma propina de US$ 1 por dose de vacina, durante a negociação de 400 milhões de unidades do imunizante produzido pelo laboratório britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford. O valor apresentado por Dominghetti teria sido de US$ 3,50 por dose. Com a propina, Dias sugeriu que ele cobrasse US$ 4,50 por dose.
:: Investigação sobre banco fiador da Precisa Medicamentos leva Ricardo Barros de volta à CPI ::
Com Dias, além de José Ricardo Santana, estava presente o tenente-coronel Marcelo Blanco, que também já foi funcionário do Ministério da Saúde. Segundo Dias, teria sido justamente Blanco quem levou Dominguetti, ao restaurante Vasto.
Dias negou a acusação do pedido de propina, bem como Marcelo Blanco.
Depois da denúncia, o servidor Roberto Ferreira Dias, considerado apadrinhado do líder do governo de Jair Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), que está no centro de outra denúncia de propina envolvendo vacinas Covaxin, foi exonerado da pasta.
::Quem é Ricardo Barros, deputado federal envolvido no escândalo da Covaxin?::
Acompanhe no Youtube do Brasil de Fato:
Edição: Vivian Virissimo