Em jogo nesta quarta-feira (01), contra o Coritiba, jogadores do Londrina entraram em campo com uma faixa com os dizeres "Racismo não! Londrina Esporte Clube repudia todo e qualquer ato de racismo! Essa luta é nossa!" O jogo da Série B terminou em 3x2 para o Coritiba. Celsinho marcou o segundo gol do Londrina e, na comemoração, protestou com um gesto antirracista.
:: Ao culpar atleta vítima de racismo, Brusque FC repete postura comum no futebol; relembre ::
Chamado de “macaco” no último domingo (29) por uma pessoa na arquibancada do jogo, com mando do Brusque (SC) com portões fechados, e, segundo relato do árbitro Fábio Augusto Santos Sá Junior na súmula, veio de um integrante do staff do Brusque: "Vai cortar esse cabelo, seu cachopa de abelha".
Ainda assim, o jogador Celsinho, do Londrina, foi vítima de outro ataque. Num primeiro momento, a direção do Brusque, que tem entre os principais patrocinadores a Havan, publicou nota em que acusava o jogador de “falsa imputação de crime” e dizia que era “conhecido por se envolver neste tipo de episódio...”
Após a repercussão negativa em todo o país, o time teve de voltar atrás e emitiu nova nota pedindo desculpas e dizendo que a nota anterior foi “um momento infeliz”. Se o arrependimento é sincero ou não, a consequência prática foi a suspensão de pagamentos de pelo menos um dos patrocinadores da equipe. A empresa Barba de Respeito anunciou que "enquanto não houver uma posição justa do time em relação aos responsáveis diretos pelas injúrias realizadas e o autor da nota inicial", haverá suspensão do pagamento.
Em declaração ao site Globo Esporte Paraná, Celsinho afirmou: “Eles têm a consciência de que erraram muito em relação à primeira nota. Dizem que eu tenho três vezes esse caso, como se eu fosse para o estádio para que me ofendessem e me xingassem. Eles tiveram que soltar uma segunda nota com pedido de desculpa, mas isso não muda o constrangimento, a dor, a decepção que passei pelas palavras ditas naquele jogo. Isso é desconfortante, revoltante.” O atleta e o clube pretendem tomar medidas na Justiça comum e desportiva.
Fonte: BdF Paraná
Edição: Lia Bianchini