Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, alvos das manifestações golpistas convocadas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) neste 7 de setembro, utilizaram as redes sociais para se manifestar a favor da democracia.
::Mais uma ameaça: Bolsonaro fala em "intervenção federal" em discurso para apoiadores no DF::
Com um vídeo do hino nacional de fundo, Barroso destacou a convivência pacífica entre diferentes grupos sociais e políticos no Brasil. E finalizou: "O amor ao Brasil e à democracia nos une. Sem volta ao passado".
Brasil, uma paixão. Brancos, negros e indígenas. Civis e militares. Liberais, conservadores e progressistas. Desde 88, a vontade do povo: Collor, FHC, Lula, Dilma e Bolsonaro. Eleições livres, limpas e seguras. O amor ao Brasil e à democracia nos une. Sem volta ao passado. pic.twitter.com/1eAr2vrGrh
— Luís Roberto Barroso (@LRobertoBarroso) September 7, 2021
Um dos principais desafetos do presidente Bolsonaro, Alexandre de Moraes utilizou a mesma rede social para relacionar a independência brasileira à democracia.
Nesse Sete de Setembro, comemoramos nossa Independência, que garantiu nossa Liberdade e que somente se fortalece com absoluto respeito a Democracia.
— Alexandre de Moraes (@alexandre) September 7, 2021
Ao se contraporem a manifestações golpistas de aliados de Bolsonaro nas últimas semanas, os ministros foram acusados pelo presidente de violar a Constituição. A acusação foi ecoada por apoiadores de Bolsonaro durante manifestações nesta manhã em Brasília.
Declaração golpista contestada
Em discurso durante o ato na capital federal, Bolsonaro afirmou que vai se reunir com o Conselho da República nesta quarta-feira (8). O órgão teria competência para avaliar uma eventual intervenção federal, o estado de defesa ou o estado de sítio.
Ao Brasil de Fato, no entanto, as assessorias de comunicação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do presidente do Supremo, Luiz Fux não confirmaram a realização do encontro.
Integrante do Conselho da República, o deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ) defendeu que o órgão não pode se reunir pressionado por ameaças golpistas de Bolsonaro.
Sou líder da Minoria na Câmara e membro do Conselho da República. Defendo que o Conselho não pode se reunir mediante ameaças de um presidente que viola a Constituição. Se houver reunião, não participarei. Bolsonaro está isolado e tenta encenar uma força que não tem. pic.twitter.com/cu9m9HWurI
— Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) September 7, 2021
Edição: Vinícius Segalla