Placa em homenagem a Marielle Franco foi inaugurada em Buenos Aires na tarde desta terça-feira, na estação de metrô Rio de Janeiro, no bairro de Caballito. De forma simbólica, o ato ocorre em um dia 14, dia em que se cumprem 3 anos e 6 meses do assassinato da vereadora carioca pelo Psol.
A inauguração foi realizada por integrantes do coletivo Passarinho, composto por brasileiros progressistas no país, e a deputada Maru Bieli (Frente de Todos - FdT), autora do projeto de lei para instalação da placa.
Flores amarelas e bandeiras LGBT foram colocadas em frente à placa, e a cantora Shirlene de Oliveira musicou o ato de inauguração interpretando a canção "Se essa rua fosse minha", em espanhol e português.
Militante e integrante do coletivo Passarinho, Danielle Santana destacou, emocionada, ter conhecido a vereadora. "Marielle Franco é símbolo de uma longa tradição de mulheres negras que lutaram e resistiram no Brasil e em toda América Latina. Fazer homenagens a essas mulheres é garantir que lembraremos de suas lutas por muitos anos, é garantir o direito à memória."
E completou: "É dizer que seremos resistência, que Marielle é semente e vive em cada uma de nós que reivindicamos e levamos sua luta adiante", concluiu.
"A partir de hoje, sua história irrompe em nossas viagens cotidianas no metrô da cidade", expressou a deputada Bieli. "É um exercício de memória feminista que surge das redes construídas entre os povos."
"Aqui e lá, seguiremos pedindo justiça e construindo uma pátria grande onde caibamos todes", completou a deputada.
Também estiveram presentes no evento Beto Pianelli, Secretário Geral da Asociação Gremial dos Trabalhadores do Metrô, a legisladora Laura Velasco (FdT) e os candidatos a legisladores portenhos Matías Gallastegui e Paula Arraigada (FdT).
A placa havia sido aprovada no mês de março, mas não pôde ser instalada até então devido à interdição da estação da linha A durante a pandemia.
Edição: Arturo Hartmann