Em Nova York, pouco antes de seu discurso na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) encontrou nesta terça-feira (21) seu homólogo da Polônia, Andrzej Duda.
Duda já propôs proibir a adoção de crianças por casais homoafetivos e tem um histórico de posições preconceituosas. Em 2020, ele afirmou que a “ideologia LGBT” é “neobolchevismo” e disse: “"A geração dos meus pais não lutou por quarenta anos para expulsar a ideologia comunista das escolas... para nós aceitarmos agora que outra ideologia chegue, que é ainda mais destrutiva para as pessoas".
Jarosław Kaczyński, presidente do partido “Lei e Justiça” e membro da coalizão governista já afirmou que imigrantes carregam “vários parasitas e protozoários” e trazem doenças para a Europa
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A agenda desta terça em Nova York, todavia, não é o primeiro encontro entre políticos brasileiros e líderes do país europeu.
Jair Bolsonaro encontrou o chanceler polonês, Jacek Czaputowicz, no Palácio do Planalto, em fevereiro de 2020. O então ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, acompanhou o evento e Bolsonaro fez a promessa, ainda não cumprida, de visitar a Polônia.
Em 2019, no Fórum Econômico Mundial, na Suíça, Bolsonaro encontrou o presidente polonês em sua primeira viagem como presidente do Brasil.
O filho do presidente e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) já recebeu o ministro da Casa Civil do governo de Duda em 2019 e elogiou o país por sua política de imigração. Para o deputado brasileiro, a Polônia tem “bons exemplos”.
🇵🇱Recebi minha 1ª medalha internacional: Pró Patria, ofertada e entregue pela Encarregada de Negócios da Emb. Polônia, Sra. Marta Olkowska, e o Adido Militar, Coronel Krzysztof Rojek.@BasedPoland pic.twitter.com/8hzcnVbCEW
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) November 27, 2019
Edição: Arturo Hartmann