Nesta quarta-feira (22), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid escuta Pedro Benedito Batista Júnior, diretor-executivo do plano de saúde Prevent Senior. A empresa é acusada de ter realizado um estudo com hidroxicloroquina e azitromicina com pacientes de covid-19, mas sem avisá-los. A operadora ainda é acusada de ter omitido nove mortes entre tais pacientes e de ter recebido apoio do presidente Jair Bolsonaro e de seus filhos, Flávio e Eduardo.
A pesquisa, que teria iniciado em 25 de março de 2020, duas semanas após a Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciar a pandemia do coronavírus, foi ocultada dos pacientes e seus familiares.
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Em mensagem enviada aos funcionários da Prevent Senior, Fernando Oikawa, diretor do plano de saúde, afirma. “Iremos iniciar o protocolo de hidroxicloroquina e ivermectina. Por favor, não informar o paciente ou familiar, sobre a medicação e nem sobre o programa.”
A omissão da Prevent Senior foi revelada pela GloboNews no dia 16 de setembro. De acordo com a emissora, o plano de saúde mentiu no relatório sobre a pesquisa realizada em pessoas contaminadas com covid-19. No texto final, a empresa afirmava que apenas dois pacientes morreram após o uso combinado dos medicamentos. Na verdade, foram nove.
::Prevent Senior não avisou a pacientes que morreram que eles tomariam cloroquina e ivermectina::
Os primeiros resultados da pesquisa foram divulgados pela Prevent Senior em 15 de abril de 2020. Três dias depois, em sua conta pessoal no Twitter, Bolsonaro divulgou o estudo feito pelo plano de saúde.
“De um grupo de 636 pacientes acompanhados pelos médicos, 224 não fizeram uso da hidroxicloroquina. Destes, 12 foram hospitalizados e 5 faleceram. Já dos 412 que optaram pelo medicamento, somente 8 foram internados e, além de não serem entubados, o número de óbitos foi zero. O estudo completo será publicado em breve”, disse o presidente.
Assista ao depoimento ao vivo pelo Youtube:
Confira os destaques pelo Twitter:
CPI da Covid - Curated tweets by brasildefato
Edição: Vivian Virissimo