A maior parte dos eleitores de um plebiscito realizado em Berlim quer que a prefeitura da capital alemã exproprie as propriedades de imobiliárias com mais de 3 mil unidades habitacionais. Apesar do apoio de 56,4% dos eleitores, que representam mais de um milhão de pessoas, o plebiscito não tem resultado vinculante e precisa ser transformado em lei pelos partidos da cidade.
A líder da coalizão formada do Partido Social-Democrata (SPD), Partido Verde e A Esquerda, que deverá se manter no poder na cidade, já afirmou que é contra a proposta.
"Isso só seria possível por meio de uma lei de socialização, politica e legalmente controversa, que teria uma implicação muito mais ampla e seria terreno novo do ponto de vista legal", disse Franziska Giffey.
Para que o plebiscito fosse realizado junto com as recentes eleições parlamentares, os organizadores da iniciativa tiveram que coletar 175 mil assinaturas à mão.
"Ignorar o referendo seria um escândalo político. Não desistiremos até que a socialização dos grupos habitacionais seja implementada", disse Kalle Kunkel, porta-voz da iniciativa, em um comunicado obtido pela agência de notícias Reuters.
Em abril de 2021, a Suprema Corte da Alemanha anulou uma lei de Berlim que congelou os preços dos aluguéis na cidade por cinco anos. Cerca de 84% dos moradores da capital alemã são inquilinos.
Apesar do futuro incerto da votação, o resultado foi comemorado nas ruas.
*Com informações da DW.
Edição: Arturo Hartmann