As delegações do governo venezuelano e da oposição chegaram a um novo acordo parcial durante a Mesa de Diálogo Nacional no México, concluída na última segunda-feira (27). O mediador da Noruega, Dag Nylander, anunciou que a partir de agora serão realizadas sessões de consulta com atores políticos e organizações da sociedade civil venezuelana e internacional sobre os temas que devem ser tratados nas negociações.
#EnVideo📹| Gobierno y oposiciones acordaron realizar sesiones de consulta con diversos actores políticos y sociales para un mecanismo de consulta y participación incluyente, anuncia @DagNylander, facilitador de Noruega para el diálogo
— VTV CANAL 8 (@VTVcanal8) September 27, 2021
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O tema central desta segunda rodada seriam aspectos jurídicos. A oposição pedia anistia para dirigentes detidos e participação nos organismos do Poder Judicial. Enquanto o governo pedia que os opositores se comprometessem em defender o patrimônio público da Venezuela no exterior, sobretudo países que ainda reconhecem Juan Guaidó como autoridade legítima.
No entanto, ao final da jornada, não houve avanço nesse aspecto. A data do próximo encontro também não foi divulgada.
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Na última semana, as declarações dos representantes da Noruega durante a 76ª Assembleia Geral da ONU sobre sua preocupação por "violações a direitos humanos na Venezuela" geraram críticas por parte da delegação do governo bolivariano e atraso no início dos debates.
O embaixador dos Estados Unidos, James Story também se manifestou pressionando novos acordos: "Só levantaremos as sanções com avanços irreversíveis na democracia da Venezuela".
Em resposta, o presidente Nicolás Maduro pediu que "quem não quer ajudar, que não atrapalhe os diálogos" e destacou que a negociação e uma saída pacífica para a crise será debatida entre venezuelanos.
Os representantes de ambos os lados da disputa política também divulgaram uma declaração conjunta condenando os atos xenofóbicos contra imigrantes venezuelanos, no último fim de semana, no norte do Chile. "Constituem uma gravíssima violação aos direitos. São deploráveis as declarações de ódio contra venezuelanos e venezuelanas em diversos países", afirmam em comunicado.
Edição: Rebeca Cavalcante