Há uma concentração de vacinas nos países ricos. Temos que lutar por uma boa distribuição para evita
Qual o atual estágio de disseminação da variante Delta do coronavírus no Brasil? Como ela pode afetar a saúde da população? As duas doses da vacina são suficientes contra esta cepa? Quais os sintomas? As respostas para essas perguntas ainda não são simples, mas há meses cientistas vem pesquisando como minimizar os danos causados pela Delta e compartilham as principais descobertas na edição de hoje (29) do Programa Bem Viver.
“A gente tem que redobrar a atenção com essa cepa, que já está em todos os estados do Brasil. Como aconteceu no Rio de Janeiro, com certeza o número de casos vai voltar a aumentar, e consequentemente o de internações e os óbitos. Por isso é mais importante ainda cumprir as medidas sanitárias recomendadas pelos órgãos reguladores, como distanciamento e uso de máscara”, disse o infectologista pediátrico Márcio Nehab, do Instituto Fernandes Figueira, ligado a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz).
Desde julho, a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) alerta para registros dessa mutação do vírus em território nacional. O Rio de Janeiro, aparentemente, foi o principal ponto de disseminação. Dados desta semana, da Secretaria Estadual de Saúde, apontam que a variante já representa 100% das amostras analisadas. O resultado preocupa, mas não surpreende: já é comprovado que a Delta é mais contagiosa.
Países que já estavam com a vacinação adiantada, como Israel, viram o número de casos disparar por conta da variante e optaram por aplicar uma terceira dose na população.
“Em locais onde a cobertura vacinal é muito diferente dos países ricos podem surgir, e já estão surgindo, novas variantes”, alertou o médico. “A partir do momento em que só há vacinas nos países ricos vão continuar circulando variantes nos países pobres. Vamos viver isso até conseguirmos vacinar toda a população mundial. Existe uma grande concentração de vacinas nos países ricos e temos que lutar para que haja uma boa distribuição.”
Profissionais de imprensa e pandemia
O Programa Bem Viver traz mais uma reportagem que conta a realidade delicada dos profissionais da imprensa, como os jornalistas e outros trabalhadores do ramo da comunicação, durante a pandemia.
Desde o início da crise sanitária, muitos desses profissionais estão trabalhando de casa, para reduzir o risco de contaminação, o que pode ser considerado um privilégio. Por outro lado, essa dinâmica faz com que a jornada se esticasse mais do que no trabalho presencial, ficando mais difícil diferenciar os momentos de trabalho e de descanso.
A crise provocada pela pandemia foi apenas mais um capítulo de uma série de desmontes que os jornalistas vêm sofrendo há anos. Por conta da adaptação de mercado, muitos veículos de imprensa passaram por processos de demissão em massa. Os profissionais perderam empregos formais e no lugar foram abertas vagas para Microempreendedor Individual (MEI) o que não garante direitos trabalhistas.
A reportagem conversou com especialistas para entender as mudanças e com jornalistas que estão sentindo na pele essa realidade.
Sistemas agroflorestais
Que o Brasil vem enfrentando uma crise energética já não é mais novidade. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou a pedir para a população não usar elevadores e tomar banho frio, porém especialistas concordam que essas medidas não são efetivas para resolver o problema.
Uma solução verdadeiramente eficiente para o problema é o incentivo aos sistemas agroflorestais, considerados as alternativas mais tecnológicas do campo. Isso porque, o problema da crise energética não é apenas falta de chuvas, sol ou vento, mas sim da forma que o ser humano administra esses recursos naturais. Assim, debater crise energética é debater a crise ambiental.
A proposta da agroecologia é incentivar processos mais harmônicos entre pecuária e agricultura, o que cria um cenário mais favorável para produção e para o meio ambiente. As técnicas são muito próximas das dinâmicas naturais do ambiente, sem interferência humana.
Em uma entrevista repercutida no Programa Bem Viver com o professor Ciro Righi, do Departamento de Ciências Florestais da Escola Superior de Agricultura Luiz Queiroz, da Universidade de São Paulo, ele conta como o modelo tem gerado excelentes resultados, em conversa com a Rádio USP.
Turismo com o MST
O assentamento do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) Dênis Gonçalves, na cidade de Goianá (MG), abriu um programa de turismo para conhecer o trabalho dos sem-terra e a beleza natural da região.
Além de entender como funciona a plantação agroecológica do assentamento, o que significa experimentar o café da manhã e almoço produzido por lá, o visitante vai ver e ouvir pássaros típicos da região e visitar sítios arqueológicos.
Quem quiser saber mais detalhes das atividades e de como participar, pode procurar o perfil no Instagram Turismo MST. Nele há o telefone de contato e várias imagens que vão te convencer a partir para essa experiência.
Lembrando: é fundamental utilizar máscara de proteção durante toda a visita e manter o distanciamento social.
Sintonize
O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 11h às 12h, com reprise aos domingos, às 10h, na Rádio Brasil Atual. A sintonia é 98,9 FM na Grande São Paulo.
Em diferentes horários, de segunda a sexta-feira, o programa é transmitido na Rádio Super de Sorocaba (SP); Rádio Palermo (SP); Rádio Cantareira (SP); Rádio Interativa, de Senador Alexandre Costa (MA); Rádio Comunitária Malhada do Jatobá, de São João do Piauí (PI); Rádio Terra Livre (MST), de Abelardo Luz (SC); Rádio Timbira, de São Luís (MA); Rádio Terra Livre de Hulha Negra (RN), Rádio Camponesa, em Itapeva (SP), Rádio Onda FM, de Novo Cruzeiro (MG), Rádio Pife, de Brasília (DF), Rádio Cidade, de João Pessoa (PB), Rádio Palermo (SP), Rádio Torres Cidade (RS) e Rádio Cantareira (SP).
A programação também fica disponível na Rádio Brasil de Fato, das 11h às 12h, de segunda a sexta-feira. O programa Bem Viver também está nas plataformas: Spotify, Google Podcasts, Itunes, Pocket Casts e Deezer.
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Edição: Sarah Fernandes