Partidos políticos, centrais sindicais e movimentos populares fizeram ato pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) neste sábado (2), em Brasília. A manifestação ocorreu em cidades de todas as regiões do país.
Os manifestantes marcharam ao longo da Esplanada dos Ministérios. O ato começou às 15h30, com concentração no Museu da República. Por volta das 17h, a caminhada rumou ao Congresso Nacional. O ato terminou por volta das 18h.
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A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) e os deputados distritais Fábio Félix (PSOL) e Arlete Sampaio (PT) estiveram na manifestação, além de dirigentes partidários e integrantes de movimentos sociais e de juventude. A maior parte dos discursos feitos em carros de som cobrou o impeachment de Bolsonaro.
O povo vai derrubar o genocida. Jair vai cair! #2OutubroForaBolsonaro pic.twitter.com/1UgvWm4yOc
— Erika Kokay (@erikakokay) October 2, 2021
Tá gigante o #2OutForaBolsonaro
— Fábio Felix 🏳️🌈 (@fabiofelixdf) October 2, 2021
Seguiremos mobilizados até mandar o genocida pra cadeia! #ForaBolsonaroGenocida pic.twitter.com/yEMlEqVR9G
O presidente do PSOL-DF, o advogado Marivaldo Pereira, disse ao Brasil de Fato que "a continuação do governo Bolsonaro é inviável". Segundo ele, os atos representam uma indignação cada vez maior com a gestão do Executivo federal.
"Aqui no Distrito Federal temos a unidade da federação mais desigual. A fome avança a olhos vistos. Isso está aumentando a indignação da população. Por isso, temos esse ato lindo, tanta gente na rua pedindo que Bolsonaro pague por seus crimes. Lira precisa aceitar o pedido de impeachment para que o presidente responda à lei e vá à prisão", disse.
Marivaldo comentou ainda o coro contra a reforma administrativa (PEC 32), presente em discursos e faixas na manifestação da capital federal. O tema foi trazido à tona por entidades sindicais de servidores públicos que estiveram presentes na Esplanada dos Ministérios.
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"A PEC é um escândalo. Bolsonaro quer fazê-la para trazer seus apadrinhados. Quer preencher o governo com seus asseclas e desmontar o Estado brasileiro. O que salvou a gente até agora de não ter dois, três ou até quatro milhões de mortos foi o funcionalismo publico, foi o SUS. Com essa reforma administrativa, o SUS implode e o serviço publico acaba", declarou o presidente do PSOL no DF.
Até o momento, a Polícia Militar do Distrito Federal não divulgou uma estimativa de público para o ato na capital federal. A reportagem observou que os manifestantes usaram máscaras e a organização chegou a oferecer álcool gel a algumas pessoas.
A manifestação foi convocada por movimentos sociais, centrais sindicais e das Frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, que constroem a Campanha Fora Bolsonaro. O ato teve a presença de integrantes de diversos partidos. As seguintes siglas aderiram à manifestação: PSOL, PT, PCdoB, PSB, PDT, Cidadania, Solidariedade, Rede, Partido Verde, PSTU e PCB.
Edição: Vinícius Segalla