Um relatório elaborado por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) aponta que para o Carnaval de 2022 acontecer de forma segura é necessário que 80% da população carioca, do estado do Rio e do Brasil estejam completamente vacinadas contra a covid-19.
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Na semana passada, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), afirmou que a cidade poderá ter carnaval em distanciamento e sem restrições relacionadas à pandemia. Segundo o último boletim epidemiológico divulgado pela Prefeitura do Rio, a capital tem 58,5% de sua população total vacinada com as duas doses ou com a dose única.
O documento da Fiocruz e da UFRJ foi enviado à Secretaria Municipal de Saúde do Rio, logo após o término da audiência pública "Vai ter Carnaval em 2022?", promovida na Câmara Municipal e conduzida pelo vereador Tarcísio Motta (Psol), que é presidente da Comissão Especial do Carnaval na Casa, no dia 1º de outubro.
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Autores do relatório, o ex-diretor da Escola Nacional de Saúde Pública e pesquisador titular da Fiocruz, Hermano Castro, e o professor titular de Epidemiologia da Faculdade de Medicina da UFRJ, Roberto Medronho, também estabeleceram outros indicadores para que a festa seja segura. Cabe ao prefeito Eduardo Paes (PSD) seguir ou não.
Veja os outros indicadores propostos no relatório:
- Atendimento na rede municipal de saúde: média móvel semanal menor que 110 casos de Síndrome Gripal e Síndrome Respiratória Aguda Grave (1,63 casos por 100.000 habitantes).
- Tempo de espera e quantidade de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) na fila para internação no município: fila de espera de três pessoas por dia, com um tempo de espera que não deve ultrapassar de uma hora.
- Porcentagem de testes diagnósticos positivos no município: testes positivos (RT-PCR ou Ag) durante os últimos 7 dias menor do que 5%.
- Taxa de contágio da cidade do Rio de Janeiro: valor de R < 1 (ideal 0,5) por um período de pelo menos 7 dias;
- Taxa de vacinação no Brasil, no Estado do Rio de Janeiro e no Município do Rio de Janeiro: imunidade coletiva acima de 80% da população total.
Fonte: BdF Rio de Janeiro
Edição: Eduardo Miranda