O Levante Feminista Contra o Feminicídio no Distrito Federal realiza nesta sexta-feira (15) um ato contra o feminicídio. A ação acontece às 16h30, na Praça Marielle Franco, no Setor Comercial Sul em Brasília e é realizada em parceria com outros movimentos de mulheres do Distrito Federal e Entorno.
De acordo com o Levante Feminista, o ato tem como objetivo exigir do governo local e federal medidas que agilizem os tratamentos às mulheres vítimas de violência, feminicídio e pela dignidade menstrual.
:: A contragosto do governo Ibaneis, Brasília terá praça com nome de Marielle Franco ::
“A gente tá vendo um crescente número de feminicídio no Brasil e estamos muito preocupadas porque essa pauta não está aparecendo e as mulheres estão sendo cada vez mais violentadas, ultrajadas, estão sendo mortas”, aponta a feminista, produtora cultural e ativista no Levante Feminista, Rita Andrade.
A atividade também é motivada pelo feminicídio de Cilma da Cruz Galvão, no dia 3 de outubro. Cilma era diretora de Políticas para as Mulheres e Combate ao Racismo do Sindicato de Serviços Terceirizáveis (Sindiserviços-DF) e entrou para as estatísticas como a 18ª mulher vítima de feminicídio no Distrito Federal, em 2021.
“O feminicídio de Cilma foi uma gota num mar de dor, de sofrimento e de indignação que a gente vem vivenciando. Sabemos que a pandemia escancarou as desigualdades sociais no Brasil e sabemos que na ponta está a mulher, a mulher negra, que sofre os maiores impactos de toda essa situação”, destaca Rita Andrade.
::Feminicídio: indignação não basta::
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), "nos primeiros nove meses deste ano, ocorreram 17 ocorrências de feminicídios em todo o DF”. Os números, disponíveis no portal da Secretaria, indicam que houve um aumento em relação aos crimes cometidos no primeiro semestre de 2020 comparados ao mesmo período de 2021.
“Nós vamos às ruas com proteção, com máscara, com distanciamento para dizer um basta contra a política de morte de Jair Bolsonaro, que são políticas genocidas que vem matando o povo negro, a população LGBTQIA+ e as mulheres”, finaliza Rita Andrade.
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Fonte: BdF Distrito Federal
Edição: Márcia Silva