Sob intenso protesto dos servidores municipais, os vereadores paulistanos aprovaram na tarde de ontem a nova reforma da previdência municipal, em primeira votação.
Em resposta, os professores da rede municipal aprovaram greve já na tarde de ontem e os demais servidores municipais de São Paulo entraram em greve nesta sexta-feira (15).
Com 37 votos favoráveis e 16 contrários, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta quinta-feira a nova reforma da previdência municipal, que promove um ataque aos servidores da ativa e aos aposentados
A Proposta de Emenda à Lei Orgânica do Município número 7, de 2021, apresentada pelo governo de Ricardo Nunes, do MDB, propõe que os servidores aposentados que ganham de um a seis salários mínimos contribuam com uma alíquota de 14% para previdência municipal. Hoje esses trabalhadores são isentos
Cálculos do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep), indicam que um servidor aposentado que receba 3 mil Reais, passará a contribuir com 277 por mês.
Além disso, para servidores que ganham acima do teto do INSS, o aumento no desconto da contribuição previdenciária pode chegar a mais de 900%.
A justificativa da prefeitura é que a previdência municipal é deficitária, mas utiliza um cálculo que considera a situação daqui a 75 anos, inflando os números e fazendo crer que o rombo de R$ 170 bilhões é atual.
A aprovação se deu sob forte protesto dos servidores municipais e contou com várias manobras da base do governo Nunes, com provocadores no meio da manifestação e vereadores favoráveis ao projeto impedindo que a oposição usasse a fala em plenário.
Agora os servidores pretendem intensificar a mobilização, até a segunda votação
Confira a reportagem e o jornal completos no áudio acima.
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