A campanha “Gás a preço justo” aconteceu pela primeira vez em Rio das Ostras, município do interior do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (21). Moradores puderam comprar botijões de gás de cozinha a R$ 50, preço muito inferior ao que vem sendo comercializado na região. Ao todo, 200 botijões foram disponibilizados.
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A ação de solidariedade é promovida pelo Sindicatos dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) e pela Federação Única dos Petroleiros (FUP). Desde fevereiro, a campanha já aconteceu nas zonas norte e oeste do Rio e no centro da capital fluminense.
Com a alta dos alimentos, a economia no gás é um alívio no bolso da moradora de Rio das Ostras Cristina Moreira.
“Somos em sete pessoas na minha casa e o gás pesa nas contas. Hoje estou economizando quase R$ 80, que dá pra comprar arroz, ovo, salsicha. A carne já fica mais difícil porque está tudo muito caro, mas com certeza vai fazer diferença no final do mês”, relatou.
“Por que um sindicato de petroleiros está aqui vendendo gás por R$ 50? Quero dizer que primeiro porque está caro. Segundo, para conscientizar vocês de que o preço do gás é injusto e está atrelado à política. Não é a Petrobrás que faz esse preço, mas sim o governo federal. Na hora em que o presidente quiser, ele pode mudar essa realidade”, disse a diretora do Sindipetro-NF, Bárbara Bezerra.
Além de oferecer gás de cozinha a preço popular, o sindicato também distribuiu panfletos à população que explicam a alta no preço dos combustíveis.
Outro objetivo da campanha é denunciar os prejuízos da política de reajustes dos combustíveis baseada no Preço de Paridade de Importação (PPI), adotada pela Petrobrás desde outubro de 2016. Segundo os sindicatos, essa política considera o preço do petróleo no mercado internacional, a cotação do dólar e os custos de importação.
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O coordenador geral do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra, lembra que o impacto dessa política vai além dos derivados de petróleo como gás de cozinha, óleo diesel e gasolina e também afeta os alimentos, transportes e demais itens.
“Antes do golpe de 2016, pagávamos entre R$ 30 e R$ 40 no botijão de gás. Isso, há cinco anos. Hoje, estamos pagando mais de R$ 130. Isso porque o governo quer privilegiar os amigos do Paulo Guedes, que querem ganhar às nossas custas. E não é só o botijão de gás. É o diesel, a gasolina, que automaticamente geram aumento no preço dos alimentos. Não podemos mais aceitar isso”, ressaltou Tezeu.
O valor do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), popularmente conhecido como “gás de cozinha”, já atingiu R$ 135, nos estados do Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Rondônia, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que o GLP aumentou 34,67% nos últimos 12 meses.
Fonte: BdF Rio de Janeiro
Edição: Clívia Mesquita