Movimentos populares do Equador tomaram as ruas nesta terça-feira (26) para protestar contra o governo do presidente Guillermo Lasso e apresentar demandas econômicas e sociais. Participam da mobilização a Frente Unitária de Trabalhadores (FUT), a Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie) e a União Nacional de Educadores (UNE), entre outras organizações.
Os manifestantes pedem o congelamento do preço dos combustíveis, limites ao setor financeiro e criticam a precarização do trabalho.
"Não queremos que o sistema financeiro nos dê de presente nem um centavo. Mas estamos com a obrigação de exigir que em um ano, pelo menos, revisemos todos os créditos de pagamentos. Não podemos aceitar que as notificações, gastos judiciais e juros de pagamento dupliquem, muitas vezes, os créditos estabelecidos", afirmou o presidente da Conaie, Leonidas Iza Salazar, em coletiva de imprensa.
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Salazar também defendeu o congelamento do preço dos combustíveis, criticou os projetos extrativistas do país e a precarização do trabalho "no campo e na cidade".
A mobilização ocorre após Lasso decretar estado de exceção em todo o território nacional para combater a "insegurança" e o narcotráfico. A medida permite o uso das Forças Armadas em tarefas de policiamento e o aumento das verbas das forças de segurança.
No dia 30 de setembro, o presidente equatoriano já havia decretado estado de sítio em todas as penitenciárias do país após uma chacina com 116 mortos na Penitenciária do Litoral, em Guayaquil.
* Com informações de Telesur.
Edição: Arturo Hartmann