O Brasil tem papel de destaque nessa discussão, pois tem uma das maiores costas marinhas do mundo
Como as atividades humanas afetam o oceano? A discussão vai muito além do aumento do nível do mar e tem a ver com a forma como sociedade usa dos recursos marinhos. Para o biólogo Ronaldo Christofoletti, especialista em ciências do mar e represente do Brasil nas discussões globais sobre o tema, o lixo e os esgotos lançados no oceano é um dos principais problemas e é urgente que governos e empresas adotem ações de despoluição.
“Esse problema só ficou visível agora, porque se acumulou muito. Temos dois passos para seguir: como retirar a poluição que já está no oceano e, ao mesmo tempo, como diminuir o que ainda e jogando lá?”, pontou em entrevista a edição de hoje (12) do Programa Bem Viver. “As empresas têm grande responsabilidade. Elas devem ter processos produtivos que gerem menos resíduos e devem cuidar destes resíduos. A responsabilidade passa também por governos e pela população, nas escolhas que faz no seu dia a dia.”
Para dar conta de um problema tão urgente, a Organização das Nações Unidas lançou, a partir deste ano, a década dos oceanos. Assim, os próximos 10 anos serão um marco para que autoridades globais, organizações de pesquisa e movimentos populares debatam e implantem soluções para conter a destruição dos ecossistemas marinhos.
“O Brasil tem que assumir o papel de destaque nessa discussão. Nós somos um país com uma das maiores áreas costeiras do mundo e temos a responsabilidade de cuidar dela”, pontua Christofoletti.
Trigo transgênico
A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CNTBio), órgão vinculado ao governo federal, aprovou ontem (11) a entrada de trigo transgênico no Brasil.
A decisão foi alvo de críticas de cientistas e movimentos sociais e dezenas de organizações já se posicionaram contrárias a liberação do trigo transgênico. Elas alertam que, no limite, a mudança permite que o pão da padaria chegue a casa dos brasileiros com veneno.
Cultura nacional
O Repente é o mais novo patrimônio cultural do Brasil. A decisão, oficializada ontem, foi unânime entre os 22 membros do Conselho Consultivo do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O Repente é uma mistura de verso, rima e oração. Os repentistas se espalham pelas capitais e interiores dos estados do Nordeste e das regiões onde houve migrações cantando em rimas cenas do cotidiano.
O dossiê de registro documenta mais de 50 modalidades de Repente. Estão incluídos os versos heptassílabos, cuja acentuação tônica obrigatória está na sétima sílaba; e versos decassílabos, em que o acento obrigatório está na terceira, sexta e décima sílabas de cada verso.
O Repente foi inscrito no Livro de Registro das Formas de Expressão, onde também estão catalogados a roda de capoeira, o maracatu nação, o carimbó e a literatura de cordel.
Confira os horários de transmissão do programa Bem Viver / Brasil de Fato
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Edição: Sarah Fernandes
