O Congresso do Peru debate nesta terça-feira (7) a abertura de um processo de impeachment contra o presidente Pedro Castillo. Em cinco meses de gestão esse é o terceiro embate do mandatário com o Parlamento, que tentou impugnar seu gabinete ministerial em duas ocasiões.
São necessários 52 votos do total de 130 congressistas para ser aprovada a moção de vacância. A proposta foi apresentada no dia 26 de novembro pela bancada de direita, composta pelos partidos Avança País, Renovação Popular e Força Popular, da ex-candidata à presidência Keiko Fujimori.
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A expectativa é de que a proposta não siga adiante porque os três partidos somam 43 deputados e outras legendas de centro já se manifestaram contrárias ao afastamento de Castillo.
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— Congreso del Perú (@congresoperu) December 7, 2021
Na última segunda-feira (6), Castillo se reuniu com lideranças de partidos para acordar seu apoio. O partido Peru Livre, de Castillo, possui a maior bancada do Congresso com 37 deputados, o que ainda não seria suficiente para barrar a moção.
Caso a moção seja aprovada, a vice Dina Boluarte assume. Novas eleições seriam convocadas somente se Boluarte também sofrer um impeachment.
"A agenda do país deve ser reconduzida para resolver os grandes problemas da população peruana. Invocamos os parlamentares a refletir e somar para a governabilidade, superando a ruptura legal e constitucional que abre a possibilidade de uma vacância presidencial", afirmou a vice-presidenta Dina Boluarte.
Por outro lado, organizações sociais convocaram uma manifestação em frente ao Congresso em apoio ao governo.
Após uma vitória acirrada nas urnas, Castillo assumiu o governo sem a ampla maioria do Parlamento e já teve que reformar seu gabinete de ministros após casos denunciados como lawfare.
Nesta mesma sessão, os parlamentares também realizam uma sabatina com o ministro de Educação Carlos Gallardo, acusado de vazar informações sigilosas sobre avaliações para docentes.
Edição: Thales Schmidt
