Com salários e tíquetes-alimentação atrasados, funcionários terceirizados de limpeza na rede pública de saúde do Distrito Federal cruzaram os braços nesta sexta-feira (10). O movimento afetou diversos hospitais regionais, o Hospital Materno Infantil, além de Unidades Básicas de Saúde.
De acordo com o Sindicato de Serviços Terceirizáveis do DF (Sindiserviços-DF), a categoria deveria ter recebido o salário até a última terça-feira (7), mas o dinheiro não foi creditado. Os atrasos têm sido recorrentes. Ao todo, são cerca de 2 mil trabalhadores afetados. A empresa responsável é a BRA Serviços.
A presidente do Sindiserviços-DF, Maria Isabel Caetano dos Reis (Dona Isabel), afirma que, há anos, a Secretaria de Saúde do DF não realiza o edital de licitação, mantendo contratos de prestação dos serviços via apresentação de nota fiscal, o que, segundo ela, não traz segurança e gera constantes atrasos salariais e prejudica significativamente milhares de pais e mães de família.
Na quinta-feira (9), durante coletiva de imprensa, ainda antes da greve, o secretário de Saúde do Distrito Federal comentou sobre a paralisação, que já estava anunciada. Segundo ele, o pagamento para a empresa terceirizada ainda estava para ser efetivado.
"Neste momento, nós estamos em fase de preparar o pagamento da nossa BRA, que é a empresa que faz toda a parte de limpeza na nossa rede, mas está bem adiantado, provavelmente hoje mesmo a gente possa até fazer um outra parte do pagamento. Nós acreditamos que o pessoal perceba o esforço que estamos fazendo, há recursos pra isso, mas estamos fazendo esforço porque temos centenas de empresas pra fazer o pagamento", disse.
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