Neste domingo (19), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador Geraldo Alckmin (ex-PSDB) participarão de um jantar promovido pelo grupo de advogados Prerrogativas. O evento gera expectativas sobre a possibilidade de diálogo entre ambos acerca das eleições de 2022.
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Até o momento, a possibilidade era cogitada nos bastidores. Para os defensores da união, este seria o momento de dialogar sobre uma chapa para a eleição presidencial de 2022.
Na última quinta-feira (15), Geraldo Alckmin anunciou a sua saída do PSDB depois de 33 anos. Ele é um dos fundadores do partido.
Sobre a situação política brasileira, Alckmin disse na última sexta-feira (16) que o Brasil precisa de pacificação. "Temos muitos desafios nesse momento de grande dificuldade. E o diálogo é o primeiro passo para enfrentarmos os desafios, avançar e garantir a retomada do crescimento".
Nosso país precisa de pacificação. Temos muitos desafios nesse momento de grande dificuldade. E o diálogo é o primeiro passo para enfrentarmos os desafios, avançar e garantir a retomada do crescimento. #GeraldoTáON ✅ pic.twitter.com/LvsjdRLX33
— Geraldo Alckmin (@geraldoalckmin) December 16, 2021
Restauração da democracia
Outro fato que sinaliza a possibilidade de um acerto entre Lula e Alckmin foi o encontro do deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ) com o ex-governador Geraldo Alckmin (ex-PSDB). Também noTwitter, Feixo disse: "Ótima conversa sobre os desafios de 22. Democracia, emprego, políticas públicas e a necessidade de derrotarmos o fascismo. A eleição vai exigir diálogo, espírito público e responsabilidade com o Brasil. À noite estarei com Lula".
Café da manhã com @geraldoalckmin. Ótima conversa sobre os desafios de 22. Democracia, emprego, políticas públicas e a necessidade de derrotarmos o fascismo. A eleição vai exigir diálogo, espírito público e responsabilidade com o Brasil. À noite estarei com @LulaOficial. pic.twitter.com/KpwDPocHTl
— Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) December 19, 2021
O jantar programado será no restaurante A Figueira Rubaiyat e contará ainda com a presença de presidentes de partidos, senadores, governadores, prefeitos e deputados —do PC do B, PT, PSB, PSD, MDB, Rede, Solidariedade, entre outras legendas.
A articulação de uma possível chapa é planejada pelo ex-governador Márcio França (PSB) e pelo ex-prefeito Fernando Haddad (PT).
Segundo a pesquisa Datafolha divulgada na última sexta-feira (17), para 70% dos eleitores, a hipótese da chapa Lula-Alckmin não altera a chance de votar no petista, que lidera a corrida com 48%. O presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece em segundo com 22%.
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O resultado do levantamento coincide com números de pesquisa divulgada pelo Ipec na última terça-feira (14) e pela CNT/MDA também nesta quinta. Os três estudos apontam possibilidade de vitória de Lula no 1º turno.
Doria não foi convidado
Além de Lula e Alckmin, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a senadora Simone Tebet (MDB-MS) também participarão do evento. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), não foi convidado.
O convite do evento custa R$ 500. Parte do valor arrecado será doada para a campanha “Tem Gente com Fome”, da Coalizão Negra por Direitos.
Para entrar na casa, os convidados serão obrigados a apresentar passaporte de vacinação e exame negativo para a covid-19.
Edição: Arturo Hartmann