O presidente eleito do Chile, Gabriel Boric, agradeceu a população neste domingo pelo apoio no segundo turno das eleições presidenciais, em que derrotou o candidato de extrema-direita pinochetista, José Antonio Kast.
"O futuro do Chile precisa de todos nós e espero que tenhamos maturidade para lidar com o que ele nos propuser. Saberemos construir pontes para que nossos compatriotas vivam melhor (...). Os tempos que virão não serão fáceis, temos que enfrentar as consequências sociais, econômicas e sanitárias", afirmou o presidente eleito.
Boric lembrou ainda que a vitória também corresponde às lutas de setores populares de anos atrás: "Sinto-me herdeiro de uma trajetória histórica, que, a partir de diferentes posições, buscaram a justiça e a defesa dos direitos humanos e das liberdades. Serei o presidente de todos os chilenos", disse.
#ENVIVO | @sebastianpinera : el futuro presidente #GabrielBoric deberá enfrentar nuevos retos, nuevas decisiones, nuevas oportunidades
— teleSUR TV (@teleSURtv) December 19, 2021
Todos debemos contribuir para que Chile sea un buen país para nacer
→ https://t.co/Tdq5MqSLZk pic.twitter.com/G0cKxWk6kX
#ENVIVO | #GabrielBoric agradece a los diferentes sectores que lo apoyaron, entre ellos las mujeres y grupos disidentes
— teleSUR TV (@teleSURtv) December 20, 2021
Al #Servel por su trabajo, medios de comunicación, a los candidatos que participaron en esta elección
→ https://t.co/Tdq5MqSLZk pic.twitter.com/C49kEydf2Q
"Quero dizer que o compromisso não se esgotará depois das eleições, será fortalecido durante o nosso governo (...). Agradeço às pessoas que não puderam votar por falta de transporte público. Saudações aos militantes independentes e aos movimentos sociais que há anos lutam por um Chile diferente", expressou Gabriel Boric.
Desafios
Gabriel Boric ressaltou a importância de reivindicar os direitos de setores populares, bem como a defesa do meio ambiente e da Convenção Constituinte, a qual conta com a participação de vários grupos étnicos.
"O meu compromisso é cuidar da democracia todos os dias, uma democracia substantiva, onde as comunidades e as organizações sociais tenham protagonismo, pois sem o povo não há democracia (...). As demandas por justiça e dignidade do povo continuam presentes, avançaremos a passos lentos e firmes”, afirmou o presidente eleito.
Referindo-se ao crescimento econômico, Boric disse que este deve ser acompanhado por políticas de combate à desigualdade social: "um crescimento econômico que ocorre com desigualdade social tem pés de barro. Somente com coesão social podemos caminhar para um verdadeiro desenvolvimento sólido", acrescentou.
#ENVIVO | #GabrielBoric: son muchos los desafíos que tendremos que superar, un sistema de salud que no discrimine entre ricos y pobres
— teleSUR TV (@teleSURtv) December 20, 2021
Pensiones dignas para quienes han trabajado toda su vida
Vivienda digna
→ https://t.co/Tdq5MqSLZk pic.twitter.com/82vSCMzANb
#ENVIVO | #GabrielBoric: nuestro gobierno va a ser de manos abiertas, que va a estar conversando con el pueblo, porque un gobierno no avanza solo, con nosotros a la Moneda entra la gente
— teleSUR TV (@teleSURtv) December 20, 2021
→ https://t.co/Tdq5MqSLZk pic.twitter.com/0CNQ7HZF8t
"O respeito pelos direitos humanos é sempre um compromisso inabalável. Jamais podemos ter um presidente que declara guerra ao seu próprio povo. Às vítimas dos direitos humanos dizemos: Não nos cansaremos de buscar a verdade, a justiça, a reparação e a não repetição", assegurou Boric.
O presidente eleito também lembrou que a crise climática será transversal em suas políticas para garantir o desenvolvimento dos chilenos: "A crise climática não é uma invenção, ela impacta a vida das gerações futuras. Não queremos mais zonas de sacrifício e projetos que destroem nosso Chile", acrescentou.
"Não podemos ficar indiferentes quando vemos nossos agricultores sem água. No nosso governo, um desenvolvimento compatível com o meio ambiente será uma prioridade (...). As AFP [Administradoras de Fundos de Pensão] que ganham cifras absurdas às custas da população são parte do problema. Vamos defender um sistema público, autônomo, sem fins lucrativos e sem AFP", disse Boric.