O Ministério de Relações Exteriores da China emitiu, nesta terça-feira (21), sanções contra quatro altos funcionários da gestão de Joe Biden em reciprocidade a sanções emitidas há quatro dias pelos Estados Unidos.
A presidenta da Comissão Internacional para Liberdade Religiosa, Nadine Maenza, o vice-presidente, Nury Turkel, e os diretores Anurima Bhargava e James Carr - todos da mesma comissão - estão proibidos de viajar à China e tiveram seus bens congelados no país.
"China expressa sua firme oposição e condenação", afirmou o porta-voz do Ministério, Zhao Lijian, ao declarar que esta seria uma resposta às sanções aplicadas contra Shohrat Zakir, ex-governador de Xinjiang, e o atual governante, Erkin Tuniyaz, acusados de supostas violações aos direitos humanos contra a comunidade muçulmana Uigur, que vive nesta região chinesa.
Uma das acusações é de que a China tem uma política de esterilização em massa que tem levado à queda da população Uigur de Xinjiang de 15,5 nascimentos por mil para 2,5 por mil. No entanto, já de acordo com o relatório do 7º censo nacional, a população das minorias étnicas em Xinjiang cresceu 14,27%.
:: Artigo | Mais uma grande piada diplomática ::
Apesar da mudança de gestão republicana, com Trump, para o democrata Biden, a Casa Branca mantém sua política de "guerra comercial", emitindo medidas coercitivas unilaterais contra a China.
No dia 16 de dezembro, Washington também havia incluído outras oito empresas chinesas a sua lista de boicote, incluindo a maior fabricante de drones comerciais do mundo, a DJI.
Antes disso, Biden também estimulou o boicote às Olimpíadas de Inverno, evento a ser realizado na China, enquanto convocou uma "Cúpula pela Democracia" para aglutinar seus aliados na disputa por influência política e econômica global.
Edição: Arturo Hartmann