A escritora gaúcha Lya Luft morreu, na madrugada desta quinta-feira (30), em sua casa em Porto Alegre, aos 83 anos de idade. Ela lutava contra um melanoma (câncer de pele) há sete meses. O óbito foi confirmado à imprensa por sua filha.
Com 31 livros publicados e uma série de prêmios conquistados, Lya nasceu em 1938, em Santa Cruz do Sul. Formou-se em pedagogia e em letras pela PUC e tornou-se mestre em linguística e literatura brasileira. Atuou como tradutora de obras em inglês e alemão e trabalhou como professora universitária e colunista para veículos de imprensa.
Entre suas obras de maior destaque estão "O Tigre na Sombra", "Perdas e Ganhos", "Pensar é Transgredir" e "As Parceiras". Seu livro mais recente, “As Coisas Humanas”, foi publicado no ano de 2020. Foi também em 2020 que Lya declarou ao jornal Folha de S. Paulo que havia se arrependido de votar em Jair Bolsonaro na eleição presidencial de 2018.
Sua morte causou comoção nas redes, com a manifestação de diversas pessoas e autoridades. Em nota, a Academia Rio-Grandense de Letras lamentou o ocorrido e lembrou que a escritora havia recebido, há poucas semanas, o título de Escritora do Ano 2021, pelo conjunto da sua obra.
Em 2017, Lya sofreu uma grande perda, com a morte de seu filho André, que sofreu uma parada cardiorrespiratória aos 51 anos. Foi casada com o linguista e gramático Celso Luft, com quem teve três filhos, Suzana, André e Eduardo, e com o psicólogo Hélio Pellegrino. Era viúva de ambos e atualmente estava casada com Vicente de Britto Pereira.
O corpo da escritora será velado em cerimônia restrita à família, e depois cremado. As datas e horários não foram informados.
Fonte: BdF Rio Grande do Sul
Edição: Marcelo Ferreira