Até ao menos 2 de janeiro (domingo) uma massa de ar úmida e instável vai causar tempestades e elevados acumulados de chuva nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. A previsão, divulgada em nota pelo InMet (Instituto Nacional de Metereologia) e o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), já se realiza.
“Os maiores acumulados de chuva deverão ocorrer no norte, centro e leste de Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais (com exceção apenas no norte e nordeste), norte de São Paulo, Região Serrana e sul do Rio de Janeiro”, informa a nota.
As tempestades que deixaram um rastro de destruição na Bahia, com 25 mortos e mais de 91 mil pessoas sem suas moradias, criam cenário parecido no norte de Minas Gerais e já chegaram aos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.
São 124 cidades mineiras em situação de emergência, 50 pessoas feridas, 11.337 desalojadas e 2683 desabrigadas. Estas últimas são aquelas que, sem casa, não conseguiram se acomodar com conhecidos e dependem de abrigo público.
Alagamentos, deslizamentos e estado de atenção no litoral paulista e capital carioca
As cidades de Ubatuba e Caraguatatuba, assim como Ilhabela, no litoral norte de São Paulo – lotadas por conta do ano novo – foram atingidas por chuvas intensas no fim desta quinta-feira (30) e entraram em estado de atenção. Ruas inteiras ficaram alagadas.
Um deslizamento de terra em um trecho da BR-101 (Rio-Santos), no bairro Saco da Ribeira em Ubatuba, atingiu um ônibus da empresa Reunidas e os passageiros tiveram de sair pela janela.
O Governo de São Paulo informou ter mobilizado uma força-tarefa das Defesas Civis estadual e municipais e do Corpo de Bombeiros com 12 mil profissionais para operações especiais de salvamento e resgate para os próximos dias.
:: Entenda o que está causando as chuvas que deixaram o sul da Bahia embaixo d'água ::
O Rio de Janeiro também está em estágio de atenção desde essa quinta-feira (30), quando tempestades atingiram as zonas norte e oeste da capital.
BOLSÃO D'ÁGUA | Atenção motoristas há um bolsão d'água na rua Ilha Fiscal, em Bancários, na Ilha do Governador.#chuvarj pic.twitter.com/IOL220LMlz
— Centro de Operações Rio (@OperacoesRio) December 30, 2021
Eduardo Paes (PSD), prefeito da capital fluminense admitiu que o Rio não está pronto para lidar com chuvas fortes como as que submergiram cidades no sul da Bahia.
Edição: Rodrigo Durão Coelho