A gigante do setor imobiliário chinês Evegrande Real State publicou um comunicado nesta segunda-feira (3) declarando a suspensão das suas atividades na bolsa de valores de Hong Kong. Sem oferecer maiores explicações, a empresa aponta que está em análise de informações internas.
Na última quinta-feira (30), o governo da província de Hainan obrigou a empresa a demolir 39 edifícios, que ocupavam 435 mil m², em até dez dias, alegando que as licenças para a obra foram obtidas de maneira ilegal. A medida poderia ser uma das razões para a suspensão das atividades na bolsa.
Já na sexta-feira (31), a empresa retomou o reembolso aos investidores chineses - parte do compromisso assumido com o governo chinês em outubro do ano passado para obter mais crédito em bancos estatais. A Evergrande assegurou que nos próximos três meses irá pagar uma cota mensal de cerca de US$ 1.257 (cerca de R$ 6,9 mil) aos investidores chineses.
Na mesma ocasião, porta-vozes da empresa declararam a meios locais de comunicação, que retomaram as obras de 91,7% dos projetos nacionais após três meses de paralisação.
A segunda maior companhia do setor imobiliário da China acumula dívida de US$ 309 bilhões (cerca de R$ 1,16 trihão), dos quais cerca de US$ 20 bilhões são de investidores internacionais. Esta é a segunda vez que a Evergrande paralisa suas atividades no mercado financeiro para conter a queda do valor das suas ações, que desvalorizaram cerca de 80% em 2021.
* Com informação de Xinhua, RT, BBC.
Edição: Thales Schmidt