A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) deve começar a entregar doses da vacina Astrazeneca totalmente fabricadas no Brasil a partir de fevereiro. Nesta sexta-feira (7), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu parecer favorável à produção do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) pela fundação, o que abre portas para que a fabricação 100% nacional seja possível.
Segundo a presidenta da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, a pandemia explicitou a "dependência dos insumos farmacêuticos ativos para a produção de vacinas". Nas palavras dela, a possibilidade de produzir as doses vai garantir "a autossuficiência do nosso Sistema Único de Saúde (SUS)."
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Agora, a Fundação se tornou a primeira instituição do país quem tem chancela para a produzir e distribuir o imunizante sem necessidade de importar nenhum componente. Em julho do ano passado, após a assinatura do contrato de Transferência de Tecnologia com a parceira AstraZeneca, foi iniciada a fabricação com IFA nacional para testes.
De acordo com a Anvisa a eficácia os imunizantes que levam o ingrediente brasileiro apresentaram eficácia, segurança e qualidade igual ao fabricado com IFA estrangeiro. O Diretor do Bio-Manguinhos/Fiocruz, Mauricio Zuma, pontua que a aprovação demonstra capacitação em um "processo produtivo de alta complexidade."
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"Mais do que isso, representa o cumprimento do nosso papel como laboratório oficial do Ministério da Saúde, incorporando tecnologias essenciais para o Brasil e trazendo soluções para a saúde pública”, completa Zuma.
O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) tem o insumo já pronto para 21 milhões de doses. Esse material está em diferentes etapas de produção, mas o envasamento já deve começar neste mês, após conclusão de testes de controle de qualidade no processamento final da vacina.
Edição: Vinícius Segalla