As buscas no Lago de Furnas, em Capitólio (MG), continuarão pelos próximos dias, anunciou neste domingo (09/01) a Defesa Civil de Minas Gerais. Segundo o órgão, os trabalhos prosseguirão porque, embora todos os dez mortos tenham sido resgatados, algumas vítimas tiveram somente alguns fragmentos recuperados, tal foi a violência do impacto do desabamento do paredão de rochas.
"A princípio, o número final é de dez mortos. Por que a gente permanece com essas operações em Capitólio? Porque por mais que nós já tenhamos recuperado esses dez corpos, devido ao impacto, a violência dessa colisão da rocha com algumas das vítimas, nem todos os corpos eles foram recuperados de forma íntegra. Então, infelizmente, alguns corpos foram segmentados com o impacto da rocha", disse à rede CNN o porta-voz e tenente do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, Pedro Aihara.
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Além disso, a polícia aguarda possíveis comunicações de novos desaparecimentos, no caso de eventuais turistas que estavam sozinhos. "Pode ser que uma pessoa ou um casal estivesse caminhando e tenha caído uma pedra. Até o momento, nenhum dos órgãos recebeu informação de outros desaparecidos. Nós estamos iniciando e não temos pressa de terminar os trabalhos", disse o delegado Marcos Pimenta, da Polícia Civil mineira.
Segundo Pimenta, até agora foram identificados apenas dois corpos, um formalmente, com base nas impressões digitais, e outro com base em reconhecimento precário de parentes, que ainda requer comparação com material genético. O impacto da rocha, informou o delegado, está dificultando os trabalhos de reconhecimento.
De acordo com os Bombeiros, mais de 30 pessoas ficaram feridas. Pelo menos quatro barcos foram atingidos.
O acidente ocorreu cerca das 11h no Lago Furnas, quando um grande bloco de pedra caiu de uma altura de cinco metros sobre embarcações que levavam turistas em um passeio.
A chuva intensa que caiu nos últimos dias na região provavelmente contribuiu para o acidente, de acordo com os bombeiros.
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Investigação
A Marinha auxilia o Corpo de Bombeiros com equipes de Busca e Salvamento (SAR).
A Marinha também deve investigar se os barcos de passeio poderiam estar no local, considerando as condições climáticas e os alertas meteorológicos. Pela manhã, horas antes do acidente, a Defesa Civil de Minas Gerais havia divulgado um alerta sobre chuvas intensas e a possibilidade de ocorrências de "cabeça d'água" na região.
Em um vídeo, é possível ver que o impacto das pedras na água do lago gera uma grande onda e atinge embarcações. Os ocupantes de outros barcos gritam no instante do desabamento. Outro vídeo mostra outros turistas tentando alertar quem estava nas lanchas mais próximas aos cânions sobre o risco de desabamento.