O segundo lote de vacinas pediátricas contra o coronavírus chegou neste domingo (16) ao aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). A remessa é composta por 1,2 milhão de doses da vacina fabricada pela Pfizer e adquirida pelo Ministério da Saúde.
A chegada estava prevista para 20 de janeiro, mas foi antecipada pela farmacêutica. Com isso, a previsão é que os imunizantes cheguem aos estados até terça-feira (18).
Em nota, o Ministério da Saúde reafirmou que as crianças devem estar acompanhadas mães ou pais nas unidades de saúde. Somente quando essa presença não for possível será necessário um termo de consentimento.
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"No caso da presença dos responsáveis no ato da vacinação, haverá dispensa do termo por escrito. A orientação da Pasta é que os pais ou responsáveis por suas crianças procurem a recomendação prévia de um médico antes da imunização", diz o comunicado.
Imunização nos estados
A Pfizer se comprometeu a fornecer 20 milhões de imunizantes para crianças entre 5 e 11 anos no primeiro trimestre de 2022. 3,7 milhões devem chegar ainda em janeiro.
Onze capitais brasileiras já começaram a vacinação infantil utilizando as doses da primeira remessa, entregue na última quinta-feira (13).
A primeira remessa, também de 1,2 milhão de doses, foi entregue na última quinta-feira (13). As doses estão sendo distribuídas em 11 capitais brasileiras.
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São elas: Aracaju (SE), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Recife (PE), Salvador (BA), São Luís (MA), Vitória (ES), Brasília (DF).
A vacina da Pfizer para crianças possui dosagem e composição diferentes do imunizante para pessoas com mais de 12 anos.
Bolsonaro atacou vacinas
O Brasil entrou com atraso na lista de países que começaram a vacinar crianças, embora a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tenha aprovado há um mês o uso do imunizante da Pfizer.
O primeiro estado a vacinar o público infantil foi São Paulo, em um ato simbólico na sexta-feira (14). A primeira criança brasileira imunizada foi Davi Seremramiwe Xavante, de 8 anos, do povo Xavante.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) atacou a imunização infantil, minimizou a morte de mais de 300 crianças brasileiras pela doença e lançou dúvidas sobre a segurança dos imunizantes, já atestada pela Anvisa.
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"Você tem conhecimento de uma criança que tenha morrido de covid? Na minha frente tem dez pessoas e ninguém levantou o braço", afirmou a uma emissora de televisão no começo do mês.
Diferentes pesquisas ao redor do mundo têm sinalizado que as vacinas são seguras para serem aplicadas na população infantil. Por conta disso, pediatras e infectologistas brasileiros se manifestaram favoravelmente à imunização de crianças de 5 a 11 anos.
Edição: Raquel Setz