Nesta quarta-feira (19), dia em que o Rio Grande do Sul registrou 21.122 novos casos confirmados de covid-19 - novo recorde diário de contaminações em meio a uma crescente de casos nos últimos dias – o governo do estado colocou 12 das 21 regiões covid em situação de alerta. São elas as regiões de Porto Alegre, Novo Hamburgo, Canoas, Santa Maria, Uruguaiana, Capão da Canoa, Santa Rosa, Erechim, Passo Fundo, Pelotas, Caxias do Sul e Lajeado.
No anúncio, realizado ao vivo via redes sociais, o governador Eduardo Leite (PSDB) destacou que grande parte do estado está passando pelos maiores índices de contágio desde o início da pandemia e que a situação deve se agravar ainda mais. Ele afirmou que as 12 regiões sob alerta apresentaram não apenas um forte aumento de contaminações, mas também grande crescimento da ocupação dos leitos clínicos e de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), “o que prenuncia o que vem pela frente, como algum tipo de dificuldade de atendimento à população".
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O alerta é segundo nível de gravidade do sistema 3As de monitoramento. De acordo com Leite, as regiões assim classificadas precisam reunir os municípios para apresentarem ao estado um plano de ação para conter a alta de casos. “Em comunicação, restrição de algum tipo de atividade, ou pelo menos redução de possibilidades de aglomeração, como forma de reduzir a disseminação do vírus”, disse.
Ainda que tenha anunciado os alertas, o governador afirmou que descarta implementar medidas mais restritivas às atividades econômicas. “Não queremos chegar a medidas mais drásticas, como em outros momentos. Por isso faço um apelo a todos, em nome dos nossos colaboradores e das pessoas que estão trabalhando nos hospitais dedicadas a salvar vidas: não hajam como se a pandemia tivesse terminado”, disse.
Leite pediu à população colaboração na prevenção contra o vírus. Disse que a doença pode até ser mais leve para a maior parte da população, por conta do avanço da vacinação, mas ainda assim será letal para muitas pessoas. "Nós estamos todos cansados e queremos o fim da pandemia, mas ainda é uma situação de necessidade de cuidados para todos”, alertou.
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Outro ponto tratado por Leite foi a manutenção do custeio dos leitos destinados a pacientes com covid-19, que o Ministério da Saúde afirmou que deixará de financiar a partir de fevereiro. No Rio Grande do Sul, são 1.057 leitos criados para o enfrentamento à doença sob custeio federal.
Ele explicou que o Ministério indicou que poderá manter somente 315 dos leitos exclusivos para pessoas com covid-19 e com recursos reduzidos dos atuais R$ 1.600 para R$ 600. “A gente está trabalhando para manter esses leitos abertos no estado e vamos trabalhar numa mobilização nacional para isso”, afirmou.
Fonte: BdF Rio Grande do Sul
Edição: Marcelo Ferreira