Um grupo de especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU) chegou ao Peru nesta segunda-feira (24/01) para ajudar a enfrentar e reduzir os danos causados pelo derramamento de petróleo na área de Ventanilla, localizada em Lima, capital peruana.
“A equipe de especialistas das Nações Unidas vai avaliar e propor ações imediatas para diminuir o impacto ambiental causado pelo vazamento”, explicou o Ministério das Relações Exteriores do Peru.
Em 15 de janeiro, ocorreu um derramamento de cerca de 6.000 barris de petróleo bruto na refinaria La Pampilla. O desastre, que já afetou cerca de um milhão de metros quadrados de mar e causou danos significativos aos ecossistemas da região, continua com sua causa não revelada.
A chegada do grupo de especialistas ocorreu graças à coordenação da Missão Diplomática Permanente do Peru em Genebra, Suíça, e à coordenação realizada pela chancelaria do país andino.
Convocada pela Unidade Conjunta de Meio Ambiente da ONU e pela equipe de Avaliação e Coordenação de Desastres da ONU (Undac na sigla em inglês), a missão reuniu-se com nove profissionais especializados em resposta a derramamentos de petróleo e poluição, química marinha, planejamento de contingência e outros trabalhos relacionados.
Espera-se que os membros da equipe, compostos por especialistas da Espanha, França, Equador, Panamá e Noruega, permaneçam em Lima por aproximadamente duas semanas.
Governo revisa contrato com empresa Repsol
A primeira-ministra peruana, Mirtha Vásquez, declarou que o Estado está revendo o contrato com a empresa transnacional Repsol após o derramamento de aproximadamente 6.000 barris de petróleo no mar ao largo de Ventanilla.
Vásquez informou que estão revendo os termos, cláusulas e bases legais em que se baseia o contrato com a empresa para saber que recursos podem utilizar para favorecer o processo de recuperação e mitigação dos danos ambientais na área do desastre.
Em seu relatório preliminar, a empresa espanhola Repsol reconheceu que não foi capaz de calcular a real magnitude do acidente, ao mesmo tempo em que enfatizou assumir as consequências do desastre. O governo também acusou a empresa europeia de não ter reagido diligentemente ao derramamento e exigiu uma resposta compatível com a magnitude do desastre causado.
Enquanto Jaime Fernández-Cuesta, presidente da Repsol no Peru, afirma que o desastre se deu por ondas de tamanhos anormais que atingiram os navios que carregavam os barris de petróleo, a transnacional carrega a responsabilidade de não agir com o plano de contingência de forma imediata.
(*) Com Telesur.