Desde a última semana, a Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga o assassinato do trabalhador informal congolês Moïse Kabamgabe. Segundo denúncia de familiares, ele foi espancado até a morte após cobrar dois dias de pagamento atrasado no quiosque em que prestava serviço na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da capital.
No último sábado (29), a família da vítima fez um protesto pedindo informações sobre as investigações. Segundo o irmão, Djodjo Baraka Kabagambe, disse ao portal G1, Moïse teve as mãos e as pernas amarradas.
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As agressões duraram pelo menos 15 minutos e foram gravadas pelas câmeras de segurança do quiosque. Segundo testemunhas, a vítima foi alvo de cinco agressores, que usaram pedaços de madeira e um taco de beisebol.
A polícia só teria chegado 40 minutos depois. Ele foi encontrado em uma escada, amarrado e já sem vida.
Os familiares só souberam da morte na manhã de terça-feira (25), quase 12 horas após o crime. No ato de sábado, denunciaram também que os órgãos de Moïse foram retirados no Instituto Médico-Legal (IML).
Em nota enviada à imprensa, a Polícia Militar disse que chegou ao local depois do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e acionou a Divisão de Homicídios. Já a Polícia Civil disse que já ouviu oito pessoas e está analisando as imagens das câmeras de segurança e negou que os órgãos da vítima tenham sido retirados no IML.
Fonte: BdF Rio de Janeiro
Edição: Mariana Pitasse